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Anfiteatro

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Mensagem por Juno Dom Jan 05, 2020 9:33 pm

Anfiteatro
God's Ichor
É uma construção que lembra uma arena oval rodeada por arquibancadas, que são degraus a céu aberto. Aqui ocorrem as reuniões noturnas dos meio-sangues, após o jantar, quando se acende a fogueira e os campistas sentam ao redor das chamas. A fogueira é encantada e sua cor reflete o humor do acampamento. Aqui também acontecem as sessões de “cante conosco”, apresentações artísticas, além de outras reuniões, como a cerimônia de encerramento do acampamento e queima de mortalhas quando semideuses não retornam vivos de suas missões.

RISCO DE APARECIMENTO DE MONSTROS: Até 22h, PRETO.
Após 22h, VERMELHO.

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Mensagem por Dino Sílvia Sex Fev 07, 2020 2:16 am

HTB
001
We could steal time just for one day
As noites eram sempre mais longas para a maioria dos filhos de Jano, mas não no bom sentido. A prole do deus em questão sofria bastante no período pré-sono, devido à agitação de pensamentos e decisões tomadas. Era como se todos eles tivessem de reviver suas escolhas num loop quase infinito de possibilidades. Um tormento mental imensurável que piorava quando algo importante antecedia a hora de dormir.

Dino Sílvia, em especial, revivia o treinamento em que conhecera Todd Kuehnemund. O que era para ter sido apenas uma atividade qualquer em meio tantas outras, acabou resultando em um encontro inesperado. Havia algo de diferente e único a respeito do filho de Perséfone que tinha sido seu parceiro de treino. Não era apenas a questão física, mesmo ele sendo realmente belo, mas também a conexão que tiveram.

Todd não só chamou a atenção do romano, como também o convidou para um bate-papo descontraído e livre das pressões da aula. Em outras palavras: um encontro velado. E esse detalhe intrínseco foi o que causou tanta incerteza no legionário. Ele queria aquilo, mas ao mesmo tempo não sabia se seria certo. Podia ser alguma brincadeira dos gregos ou coisa do tipo.

Ou podia ser o encontro mais importante de sua vida.

O membro da Primeira Coorte dormiu sobre a ideia por duas noites. Na terceira, decidiu que iria atrás do rapaz, mas esperou outro dia para não parecer desesperado. Assim, quatro dias após o convite, lá estava Sílvia vagando pela floresta do Acampamento Meio-Sangue sem saber com exatidão para onde ir ou como encontrar seu requerente.

As poucas vezes em que o homem vistara aquele local foram para assuntos puramente profissionais. Ou seja: tão rápido chegava, tão rápido partia. Mas aquela vez era diferente. Tanto era verdade que, determinado a achar o campista das flores, pediu por informações a respeito do chalé de Perséfone. O problema foi ele ter se perdido no meio do caminho.

Nada dar certo deixou o semideus nervoso. Vai ver não era para ser, ele pensou. Todavia, quase igual a um sinal divino, uma dríade notou seu rosto desconhecido e se apiedou. Guiado pela criatura, Dino enfim alcançou seu destino…

…apenas para descobrir que seu alvo não estava lá.

A vontade que o jovem de Jano teve naquele momento foi de dar meia volta e sumir. Contudo, o pessimismo que havia tomado conta de sua psique subitamente foi substituído por otimismo e o semideus agiu. Imponente como só ele sabia ser, interrogou alguns garotos de Perséfone que estavam por ali em busca respostas.

Entre muita gritaria e afrontes do tipo “você nem é daqui”, o paradeiro de Todd foi revelado por uma menininha que pediu um dracma pela informação. Impressionado com a audácia da criança, Sílvia não se arrependeu do gasto. Pelo contrário, considerou ensinar isso aos seus meio-irmãos mais novos.

Seguindo a dica da garota, Dino foi parar no Anfiteatro do acampamento. A tarde já estava chegando ao seu fim quando finalmente visualizou ao longe o motivo de toda aquela confusão. Sentado em um dos degraus mais baixos do cenário, Todd dedilhava em um violão uma canção até então desconhecida para o maior. Não havia mais ninguém por perto e isso tornava o momento um tanto quanto privado.

— Todd Kuehnemund. — O legionário pronunciou em voz alta como se estivesse chamando por outro irmão de coorte. Marchando em direção ao outro, percebeu poucos segundos após que tinha sido formal demais e tentou de novo.

— Hey. Lembra de mim? Dino do Acampamento Júpiter. — acenou com um sorriso amigável, por fim.
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Mensagem por Convidado Sex Fev 07, 2020 11:48 pm


My own autumn

Meus dedos passavam pelas cordas do violão de modo natural, depois de tantos anos de treino. Inicialmente apenas uma composição genérica que eu fiz para testar a afinação do instrumento, mas que imediatamente atraiu as dríades do entorno do anfiteatro. Masha, Miríades e Martha eram três ninfas que nasceram e cresceram juntas em três árvores que de alguma forma co-dependiam umas das outras. Elas gostavam de me ouvir tocar e cantar, mas também perturbavam a minha cabeça perguntando coisas sobre a minha vida pessoal para espalhar para as outras ninfas depois. A minha sorte é que ninguém dava muita atenção ou crédito para as histórias dessas criaturas além de outras ninfas.

Riding through the city on my bike all day 'cause the filth took away my licence... — Comecei a cantar, mas fui interrompido pelos protestos das criaturas da natureza.

—Não! De novo essa música? Você já deve ter cantado LDN umas vinte vezes só nos últimos quatro dias! — Manifestou-se Masha, levantando-se de seu lugar no banco.

—Eu sinto falta de Londres, ok? Eu vou para lá assim que for possível. — Tentei justificar, mas mesmo eu não aguentava mais dedilhar a mesma introdução de música.

—Que mentira, Todd, se você quisesse estar em Londres simplesmente estaria, você não tem o poder de ir para qualquer lugar conhecido? — Questionou Martha, me pegando em sua armadilha.

—Ele está esperando alguém, olhem como ele anda mordendo os lábios de ansiedade. — Acusou Miríades.

—Não estou esperando por nada e nem ninguém! — Adverti, mas estava de fato esperando.

—É aquele romano, não é? Do treinamento no Acampamento Júpiter? — Questionou Martha

—Mais um, Todd? O que aconteceu com o cara que te ensinou arquearia? — Perguntou Miríades

—Queria a minha flecha no arco dele.

—O dos cookies?

—Queria meu cookie.

—O que te deu aquele colar de safira?

—Ele é meu irmão!

—Isso nunca foi um problema pros deuses.


—Ok, chega! — Encerrei ali a discussão com os espíritos. — Me deixem sozinho ou eu vou atear fogo nas suas árvores.

Assim que os espíritos se afastaram, tornei a dedilhar o violão com a introdução da mesma música de antes. Não me importava estar repetitivo, eu estava tocando apenas para eu ouvir e me distrair da verdade inegável que as ninfas me apresentaram: eu ainda estava esperando. No momento que eu atravessei o portal eu sabia que jamais iria rolar alguma coisa entre eu e Dino Sílvia, mas meu coração manteve aquela falsa esperança. Fiquei o tempo todo rondando o portal no primeiro dia, no segundo fui para o lago, no terceiro tentei fazer um treino sem grandes resultados e no quarto eu estava finalmente começando a esquecê-lo e planejando de fato passar um tempo em Londres. Eu odiava as pessoas de lá, mas desde que minha mãe foi presa eu não tornei a pisar os pés na Inglaterra.

Comecei a cantar LDN mais uma vez, para entrar no clima da cidade. Lily Allen fazia uma péssima propaganda, mas eu sabia como eram as coisas por lá, afinal, aqueles dez anos infelizmente nunca foram apagados da minha memória. Infelizmente eu sabia que nem a capital inteira do Reino Unido preencheria o buraco que era não ter absolutamente ninguém para compartilhar aquilo comigo. Não me refiro a Dino, ele é apenas parte de um grande problema, porque quando eu esquecesse dele, arrumaria mais um pra me fazer sofrer desejando alguém que estivesse comigo como parceiro, como um romance e não só uma noite de sexo e uma manhã sendo expulso ou expulsando alguém do chalé.

Meus dedos travaram na introdução da música por muito tempo enquanto eu pensava nisso, até meu transe ser quebrado por uma voz chamando meu nome. Pensei que era Thanatos vindo me levar, mas quando virei rapidamente a cabeça, dei de cara com dito cujo, o romano, o cara que não sabia, mas estava dentro da minha cabeça o tempo todo. Eu só esperava não ser uma alucinação. O problema foi que naquele ponto, eu já não tinha mais ânimo de que as coisas dariam certo, e ele provavelmente estava ali apenas por educação, para não recusar o convite.

—Oi Dino Sílvia do Acampamento Júpiter. — Saudei com um riso brincalhão. — Desculpe, não achei que você fosse vir. Se soubesse tinha marcado um lugar para nos encontrarmos e teria vestido uma roupa melhor. — Falei, colocando o violão de lado e observando se a camiseta regata preta não tinha nenhuma mancha ou sujeira suspeita. —Mas estou feliz que aceitou o convite com quatro dias de atraso. — Complementei, mantendo o mesmo sorriso palhaço no rosto, mas já não era o mesmo do momento em que ele me conheceu.
Era outono no meu coração.
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Mensagem por Dino Sílvia Sáb Fev 08, 2020 12:18 am

HTB
002
We could steal time just for one day
Mesmo ao longe, Dino era capaz de enxergar a beleza do rapaz de Perséfone. Ele não sabia se aquilo era alguma influência da deusa, ou se Todd era realmente atraente daquela forma. E falando em atração, poucos instantes demarcaram o tempo de proximidade de ambos, ao passo em que o maior - e provavelmente mais velho - estendeu a mão para cumprimentar o outro.

— Não foi intencional a demora. Quer dizer, em partes. — Admitiu, já corando sem nem mesmo perceber. — Achei que poderia ser alguma pegadinha sua. Depois fiquei com medo de — interrompeu a fala, por se tocar a tempo de que estava sendo sincero demais. — Enfim. O que tava tocando?

O legionário, desarmado, não sabia ao certo onde pôr as mãos e, como consequência, cruzou os braços. Sua postura corporal inteira parecia estar na defensiva, mas seu rosto exibia um semblante calmo e casual. A falta de costume em conversar com desconhecidos não era recente, mas o nervosismo que sentia por dentro sim.

Os olhos de Sílvia encararam os braços expostos de Todd e, logo em seguida, sua parte declaradamente favorita: o nariz. Era quase um transe, que só foi cortado quando o grego voltou a falar. Por não querer parecer um doido, Dino desviou o olhar para o violão e fingiu admirar o cenário simultaneamente.
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Mensagem por Convidado Sáb Fev 08, 2020 1:33 am


My own autumn

Eu não estava esperando que ele fosse se explicar, mas no final das contas, não fazia diferença. Ele estava ali agora, e teríamos pelo menos aquele momento pra ficarmos juntos. Talvez terminasse com qualquer coisa atrás das moitas no bosque, talvez terminasse com um beijinho e uma promessa de voltar depois ou talvez ele simplesmente tivesse vindo para avisar que não tinha interesse. O futuro pertence às Parcas, mas eu agradecia por elas me darem a chance de descobrir sozinho, bastava eu deixar de lado meu pessimismo e ser mais realista.

—Não precisa se desculpar eu estava só... brincando. — Tentei me corresponder, enquanto ele me encarava de uma forma que me deixava um pouco exposto. Era esquisito, logo eu que andava propositadamente por aí sem camisa pra receber elogios e olhares. —Eu estava tocando LDN, é uma música bem antiga de uma cantora mortal. Ela fez falando sobre Londres e... eu morei lá por muito tempo, embora eu seja tecnicamente barbadiano. Estava planejando ir para lá, mas... bem, digamos que meus sentimentos não deixaram. — Respondi, em um tom pleno e que não dava mais brechas ao assunto. —Cantar e tocar me faz sentir a nostalgia das partes boas da minha infância.  

Não guardei o violão, não sabia ainda se Dino pretendia ficar ou se iria embora em breve. Apenas me coloquei em pé nas arquibancadas do anfiteatro, para ficar completamente de frente para ele. Sem a tensão da batalha, ele ficava ainda mais bonito. Só então eu notei que não sabia exatamente o que fazer, porque minha imaginação me fez pensar que o romano viria, mas a minha razão não, portanto eu não havia preparado nada.

—Eu... agora não sei nem o que fazer. Eu achei que eu tinha te assustado da primeira e última vez que nos vimos. Eu não costumo ser direto ou atirado dessa forma, eu nem sei como consegui te chamar pra... bem, sair. — Admiti, mordendo o lábio inferior, envergonhado. Meu rosto já devia estar ficando vermelho tanto pela timidez quanto pelo sol. —Quer dar uma volta pelo acampamento?
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Mensagem por Dino Sílvia Sáb Fev 08, 2020 2:19 am

HTB
003
We could steal time just for one day
Era difícil para o filho de Jano se concentrar nas palavras do de Perséfone, visto que, de perto, o perfume que este exalava era ainda mais inebriante. Dino balançava a cabeça igual a um daqueles acessórios de carro ao encarar o rapaz. A vontade que tinha era de o agarrar ali mesmo, mas não era louco àquele ponto. Principalmente porque, sem saber o motivo, desejava que aquele não fosse o único momento deles juntos.

— Nunca ouvi falar dessa música. Nem fui a Londres, admito. Pelo menos não por falta de vontade. — Deixou escapar. Um pouco mais relaxado, descruzou os braços e os deixou cair lateralmente ao tronco. — Nasci e fui criado em Nova Roma, então… é, deve imaginar que minha nostalgia envolve tudo o que faço até hoje.

Entretido com a conversa, Sílvia começou a andar pela arena sem se afastar muito do locutor. Acostumado com a arquitetura romana, era interessante ver de onde vinham algumas das inspirações de seus antepassados. O anfiteatro guardava histórias tão antigas quanto alguns dos novos deuses. Era um local digno de respeito e admiração. Contudo, mais admirável ainda, era o rosto de Todd.

A confirmação vinda por parte do grego de que aquilo era um encontro fez o rosto de Dino ficar ainda mais vermelho. Entretanto, sagaz como só, ele notou os gestos de Kuehnemund e percebeu que o sentimento era mútuo. Ou ao menos parecia ser. Seu sangue esquentou na hora e seu âmago pareceu se revirar. Impulsivo, puxou o campista pelo braço e o beijou.

Um selinho rápido e meio desastrado, dadas as circunstâncias.

— Pra cortar o clima antes do passeio. — Disse, afastando-se em seguida. — Um pagamento por ter te dado um soco no treino e demorado a aparecer.
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Mensagem por Convidado Sáb Fev 08, 2020 2:45 am


My own autumn

Então...
Que bom que Dino não veio me dizer que não queria nada comigo, eu acho. A sensação de beijar um cara que você vem paquerando há dias deveria ser emocionante, como foi na maior parte das vezes que eu fiquei realmente gamado em alguém. Mas Dino veio em um momento em que eu não queria aquilo, não queria algo superficial. Essa crise existencial era constante quando eu arrumava um crush, mas eu estava tão cansado dela, eu estava tão cansado de tudo, que o beijo de Dino não significou e não me fez sentir absolutamente nada. Não porque ele beijava mal ou porque eu havia perdido o interesse, mas sim porque eu não queria que fosse daquela maneira. Não que eu fosse uma linda donzela que espera seu príncipe encantado, mas ser tratado mais como um humano e menos como a "coisa ao redor do meu pinto" seria bom. Eu apenas correspondi ao beijo de Dino automaticamente, mas não o retribuí.

—Tudo bem, eu... conheço o lugar certo pra você, digo, pra gente. Eu... posso te levar lá, tem privacidade e essas coisas todas. — Eu disse, me referindo aos lugares onde semideuses só iam para transar e depois vazavam. —Você tem pre...

Então minha fala foi cortada por uma ninfa que estava escondida no cenário. Era Masha, a dríade. Ela apontou seu indicador fino, branco e espectral para mim e Dino e exclamou: "Eu sabia!" e depois partiu correndo para as árvores cantarolando "Todd tem um novo namorado, Todd tem um novo namorado". Aquilo só serviu para me constranger ainda mais, meus deuses como eu odiava aqueles espíritos.

—Cale a sua boca, Masha! Ele é igual aos outros! — Eu gritei, com a voz grossa, alta, de um jeito que metade do acampamento provavelmente recebeu a informação. —Ninfa filha de uma puta... — Terminei, dizendo esta parte baixo para mim mesmo.

Notei que Dino estava talvez mais envergonhado do que eu com aquela situação e só nesse momento reparei que expus sentimentos demais naquele brado para as ninfas. Ele podia de fato ser "como os outros", mas ser chamado assim não devia ser a coisa mais agradável do mundo. Sabia que eu já havia estragado inclusive as chances de um bom sexo. Agora restava esperar Dino dar uma desculpa e ir embora.

—Me desculpe, Dino. Sei que não adianta eu falar que não foi o que eu quis dizer, acho que ficou bem claro. — Eu disse, suspirando e cruzando os braços, voltando para a arquibancada para guardar o meu violão em sua capa. —Não quero que você seja meu namorado, é claro, não nos conhecemos. Eu só... tive muitos casos parecidos. Alguém parece interessante, você acaba se aproximando desse alguém, ele te dá um beijinho, diz que é só pra cortar o clima, depois vocês vão pro lago ou pro bosque, vocês transam e nunca mais se veem. Não é como se eu fosse do tipo romântico, mas é que às vezes dói ser tratado assim. Não te convidei pra vir me comer hoje, eu... achei que você pareceu diferente, mas homens são homens até do outro lado do país.

Desabafar quando meu humor estava daquele jeito era a pior coisa que podia me acontecer. Tinha vontade de me virar e vomitar as borboletas que senti no estômago por causa de Dino. Guardei o violão e o coloquei nas costas, esperando Dino dar a sua desculpa para ir embora e fingir que não me conhecia mais.
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Mensagem por Dino Sílvia Sáb Fev 08, 2020 3:19 am

HTB
004
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O integrante da legião romana escutou todo o discurso do campista grego sem dizer nada. Na verdade, um misto de sentimentos tomou conta dele durante este: surpresa, indignação e tristeza. Se nada disse, as expressões faciais que fez para corresponder essas sensações foram espontâneas e perfeitas. Mas, mesmo com tudo isso em evidência e com uma vontade de surtar, Dino apenas suspirou pesadamente.

— Eu não pretendia te pegar e largar depois, mas também não pensei nisso de namoro. — Falou a verdade. — Só tomei a iniciativa por achar que seria engraçado e deixaria a gente mais confortável.

Para o membro da Primeira Coorte, muitas vezes enfrentar um Leão de Neméia era mais fácil e até preferível do que passar por uma situação daquelas. Entretanto, mesmo tentado a ir embora para evitar mais confusão - pois era ele quem sofria com o peso de suas escolhas no final do dia -, resolveu fazer justamente o contrário.

— Quero te conhecer, Todd. Achei que quisesse o mesmo. — Levou a destra ao ombro correspondente do jovem, segurando-o com leveza. — Me desculpa se fui invasivo ou te confundi, não era minha intenção. — Falou com firmeza e encarando os olhos de Todd.

Ciente de que poderia estar forçando algo, Sílvia se afastou um pouco. Ao coçar a cabeça, fez uma careta de desconforto. Estava imensamente arrependido e crente de que tinha estragado tudo, o que o consumia por dentro como se estivessem arranhando seu estômago com facas.

— Ainda quer me mostrar o acampamento? Podemos ir em lugares públicos e cheios, só pra garantir que é um encontro sério. — Deu um sorriso amarelo. — De preferência longe daquela ninfa filha da — levou a mão à boca para se censurar em um gesto de brincadeira.
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Mensagem por Convidado Sáb Fev 08, 2020 3:51 am


My own autumn


Eu não sabia se as coisas estavam acontecendo de forma natural ou se Dino apenas se compadeceu de mim como se eu fosse um pobre coitado que não recebe um abraço há cinco anos. O fato é que ele disse que não vinha com as intenções que eu pensei. Era fácil dizer isso depois de ser detonado por um discurso arrastado sobre como eu era solitário e objetificado, mas ainda havia aquela luz nos olhos dele brilhando enquanto ele me encarava. Conforme ele foi falando, eu sentia um rebuliço gigantesco dentro de mim. O cheiro de perfume provavelmente se tornara mais intenso.
Era primavera.

—Dino, por favor, não me leve a mal. Eu não me importaria de terminar esse encontro na cama, eu não sou puritano. É só... muito complicado de explicar. — Respondi, suspirando e chegando bem perto dele. —Pra mim basta saber que se for bom, independentemente do que fizermos, eu poderei ver você de novo e não só fingir que nada aconteceu.

Dito isto, eu segurei a mão direita dele e olhei rapidamente para ela, seus dedos, seus braços. Ele combinava comigo. O corpo dele claramente era feito pra encaixar o meu em um abraço. Abri o primeiro sorriso sincero desde aquela tragédia e soltei as mãos dele, ainda olhando pros seus olhos. Ouvi o convite final dele e o comentário sobre a ninfa. Eram seres de capacidade mental reduzida, previsíveis, mas com uma ótima audição.

—É, agora se abaixa, rápido! — Pedi, empurrando os ombros do romano para baixo, o impedindo de ser acertado por uma pinha que peguei com minhas mãos como uma bola de baseball.

Depois que Dino se levantou, mostrei a semente para ele, com um ar brincalhão no rosto.

—Elas são rancorosas, tome cuidado. — Alertei, jogando fora a pinha. —Mas pelo menos não aguentam ficar longe de suas árvores. Por isso vamos começar conhecendo os chalés. Notei que isso é bem diferente lá em Nova Roma.

Então começamos oficialmente o nosso encontro. Puxei ele pelas mãos para a trilha dos chalés, onde queria de fato apresentar o acampamento.
Afrodite, eu te amo.
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Mensagem por Dino Sílvia Sáb Fev 08, 2020 12:09 pm

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005
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Assim que Todd começou a falar, Dino abriu a boca na esperança de responder, mas se conteve. Ele não entendia o que o outro queria dizer com aquilo. Confuso, ponderou se era tão comum assim os gregos irem para a cama no primeiro encontro. Não que fosse contra essa ideia, embora nunca tenha a posto em prática - quem sabe um dia, pensou sem querer.

Essa pensamento relacionado a sexo deixou o rapaz de Nova Roma levemente constrangido. Por ter saído com poucas pessoas, não sabia se era atraente aos olhos dos outros ou se incitava esse tipo de desejo. Aquela era a primeira vez em tempos, de fato, que tomava a coragem de expor seu interesse para um outro alguém.

Quando finalmente achou que teria seu direito de resposta, o legionário foi quase jogado ao chão pelo campista. Confuso, imaginou, a princípio, que se tratava de algum ataque inimigo e buscou alguma arma junto a seu corpo. Contudo, ao perceber que não era uma ameaça, tentou disfarçar se levantando rapidamente.

Até porque, em todos os sentidos, estava ali completamente desarmado.

Após o susto, Dino enfim se pronunciou.

— Ei. — Encostou no ombro de Todd outra vez, quando este se virou para dar início ao passeio. — Eu falei sério, ok? Não quero transar com você no primeiro encontro se isso for uma maldição grega. — Abriu um sorriso amigável, antes de caminhar junto ao semideus. — Agora me explica o porquê de vocês não juntarem todo mundo num grande chalé.
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