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A Floresta do Acampamento

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A Floresta do Acampamento Empty A Floresta do Acampamento

Mensagem por Juno Dom Jan 05, 2020 9:41 pm

Floresta do Acampamento
God's Ichor
Cortada ao meio pelo Riacho Zéfiro, a Floresta do Acampamento fica dividida entre sul e norte. A parte sul pode ser acessada após o Arsenal e é onde fica o Punho de Zeus. Nesta parte, a floresta é densa, fria e úmida. Possui diversos tipos de plantas que contrastam entre si, devido à diversidade de criaturas da natureza que ali habitam. É um local muito bonito devido a esta diversidade da flora e menos perigoso. Fica próximo à nascente do Riacho Zéfiro e pode ser vista da Arena.
Já a Floresta Norte é considerada a área mais perigosa e misteriosa do acampamento. As trilhas parecem ser intermináveis e guardam diversos segredos que nem os campistas mais experientes conhecem. Está infestadas de monstros, então entrar sozinho aqui não é uma opção.

RISCO DE APARECIMENTO DE MONSTROS: VERDE

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Mensagem por Ariella Lawliet Ter Fev 25, 2020 10:12 pm


WHERE'S THE WHISPERS?



And if you were to ask me After all that we've been through Still believe in magic? Well yes, I do


INTERAÇÃO

Em certo ponto da vida, não havia um só segundo de minha existência em que eu deixasse de pensar nos meus planos. Eles eram para mim tão importantes quanto as pilhas eram para o relógio; sem eles eu não conseguia executar uma simples função, já que nada parecia ter um real propósito e, assim, valor para ser executado. Logo, eu raramente agia apenas por agir, sem um significado oculto em minhas ações. E minha ida à floresta do Acampamento Meio-Sangue naquela tarde não fugia a essa regra.

Eu andava despreocupada e não parecia ter qualquer propósito específico aos olhos de desconhecidos. Entretanto, meus ouvidos estavam muito atentos enquanto eu me embrenhava pela mata, certa de que poderia ouvir sussurros a qualquer momento. Não tinha certeza de onde ficava o Bosque de Dodona, porém minha intuição e os boatos que colhi entre os gregos me diziam que estava muitíssimo perto de meu objetivo.

Logo após passar por um carvalho de tronco disforme e galhos que mais pareciam tentáculos, me deparei com um cigarro consumido até pouco antes do filtro. Estaquei naquele ponto e me abaixei para recolher a droga. Ainda estava quente, sinal de que tinha sido apagado a pouco. Havia mais alguém ali, alguém que se escondeu para fumar e que muito provavelmente continuava pelas redondezas.

Chequei se Arcane estava segura em meu bolso traseiro em forma de livro, descobrindo que permanecia ali. Então, olhei ao redor de cenho franzido e perscrutei o local à procura de quem provavelmente havia largado o cigarro por ali. No entanto, apesar de forçar a visão, o olfato encontrou primeiro a outra presença: por trás de outra árvore, fumaça era lançada ao ar e se dissipava bem na minha direção, trazendo o cheiro forte do tabaco até minhas narinas.

Andei até quem quer que estivesse ali, fazendo isso para me certificar de que era um semideus desconhecido ou, na pior das hipóteses, um monstro pronto para ser morto. Todavia, dei sorte: era apenas um garoto... muitíssimo sarado. Tinha feições asiáticas e, como esperado, um cigarro nos lábios. Arqueei uma sobrancelha em sua direção antes de falar:

— Fumando escondido?


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Mensagem por Sett Ivanoff Qua Fev 26, 2020 1:31 pm

interação cancelada


Última edição por Sett Ivanoff em Qua Jun 17, 2020 3:59 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ariella Lawliet Qua Fev 26, 2020 10:51 pm


WHERE'S THE WHISPERS?



And if you were to ask me After all that we've been through Still believe in magic? Well yes, I do


INTERAÇÃO

Eu já havia lidado com muitas pessoas difíceis em todos os meus anos como legionária. A V Coorte não era das mais amadas pela sua péssima fama, o que me levava a estar em contato com diversas personalidades em interações — as quais geralmente não eram das mais fáceis. Já estava calejada. Conseguia lidar bem com situações como essas e foi por isso que ri levemente ante as palavras do rapaz.

Ele parecia um tanto hostil, o que não me foi exatamente uma novidade. Seus olhos afiados já anunciavam aquilo antes mesmo dele abrir a boca. Eles eram o prelúdio de uma língua tão tóxica quanto a droga que tragava, embora isso em nada me incomodasse. Afinal, além de acostumada, eu tinha em mente que ele podia fazer o que quisesse e falar o que bem entendesse, desde que me fosse útil ou não me atrapalhasse.

— Ah, não, não estou procurando por encrenca. — Ainda a muitos metros de distância, eu me inclinei na direção do rapaz e coloquei minha mão em forma de concha na lateral da minha boca, como se estivesse prestes a falar algum segredo. Então, disse: — Eu sou a encrenca. E acho que foi eu quem te achou... é...

Pretendia falar o nome dele nesse momento, mas percebi que não havíamos nos apresentado ainda — porque eu quase sempre dispensava essas formalidades desnecessárias. Ainda assim, mesmo que tivesse certeza de que esqueceria como chamá-lo assim que aquela conversa acabasse, resolvi que seria bom saber por qual alcunha tratá-lo enquanto tentava fazê-lo vazar dali.

— Não sei como se chama. Qual seu nome? Sou Ariella, romana. O prazer é todo seu.


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Mensagem por Sett Ivanoff Dom Mar 01, 2020 4:55 pm

interação cancelada


Última edição por Sett Ivanoff em Qua Jun 17, 2020 3:59 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Visenya Vaftrudener Qui Mar 05, 2020 9:46 pm

Filha de Poseidon
Guerreira Amazona
ΒΕΛΛΕΡΟΦΩ͂Ν
Meu coração batia tão rápido que a sensação que eu tinha era que a qualquer momento ele saltaria para fora do meu peito rasgando a minha carne, ou ainda poderia sair da minha boca a qualquer momento. A verdade era que, eu não tinha nenhum controle sobre mim naquele momento, estava totalmente dominada por sentimentos que eu não estava acostumada a lidar com eles. Medo, dor e desespero. Ao longe eu podia ouvir o quebrar das ondas, não sabia se era coisa da minha cabeça, parte daquela maldita ilusão que me aprisionava, ou se era devido a afinidade com o mar, herança de meu pai. Não importava a razão, eu sentia um enorme pavor ao ouvir o estrondo feito pelas ondas, algo que em outros tempos eu gostava de ouvir. Eu sabia que deveria encontrar Damon, sabia que tínhamos marcado próximo a praia, mas não conseguia me controlar, me conter. Aquela sensação corria por minhas veias e me deixava em constante pavor. Tinha medo de fechar meus olhos e não conseguir mais abri-los, tinha medo de sucumbir aos meus fantasmas.  

Olhei para os lados e meus passos trôpegos haviam me levado até a floresta, olhei para os lados e a sensação fria e escorregadia deslizando pelas minhas pernas quase me fizeram gritar: — Serpentes... — Sussurrei para mim mesma, escutando minha voz que já estava embargada. Eu precisava chegar até a cabana de qualquer forma. Lá eu estaria realmente segura. Mas não era algo tão simples caminhar, ainda mais em um lugar onde a iluminação não era privilegiada. Eu escutava sons de todos os lados, as ondas do mar, as serpentes, os monstros da minha mente e com certeza se eu estivesse armada ali, eu estaria com as minhas armas em punho. Mas de que me adiantaria? Eu não sabia o que me causava tamanho medo, tamanho desespero. Era como se aquilo fizesse parte de mim. Olhei para os lados e então decidi correr, de que ou de quem, eu não sabia dizer. Eu queria chegar à cabana o quanto antes, afinal, lá era meu porto seguro, não era verdade?  

Pulei galhos baixos, corri entre as árvores, mas meus sentidos estavam alterados, minha visão estava nublada e o som das ondas e das serpentes me impediam de ouvir qualquer outra coisa. Tato, paladar e olfato também não estavam normais e quando tropecei e fui ao chão tive plena convicção disso.  O grito de dor saiu mais alto do que eu queria: — INFERNO! — Vociferei achando um pouco de fôlego em meus pulmões. Meu pé estava dolorido e não conseguia entender se ele estava machucado ou não. Minhas mãos estavam raladas, havia sangue e terra misturados, meus joelhos também não estavam em um bom estado. O pé doía e latejava sem parar e a vontade que eu tinha era de arranca-lo bem ali. Me arrastei ainda sentada no chão, com uma vontade de chorar que não cabia no meu peito, mas foi aí que cometi o mais grave dos erros. Fechei meus olhos apenas por um segundo.  

A primeira coisa que senti foram as mãos no meu pescoço, me apertando e roubando o ar, depois por minhas pernas e em locais onde eu não queria ser tocada. Aquela onda de pavor parecia que ia estourar meu coração! Com dificuldade abri meus olhos, sentido as lágrimas mais fortes que eu escorrerem por meu rosto e novamente veio a sensação de nojo, asco de mim mesma. Sentia minha pele coçar e se quer resisti a vontade, começando a arranhar meus braços com ferocidade: — TIRA! TIRA AS MÃOS DE MIM! — Eu repetia sem parar, presa em um mundo que eu não sabia dizer se era verdade ou não. Será que finalmente eu enlouqueceria como as minhas irmãs?  

Visenya Vaftrudener
Visenya Vaftrudener
Amazonas
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Mensagem por Damon A. Herzl Sex Mar 06, 2020 12:08 am

The Curse
And The lover
Medo. Nunca na minha vida tinha sentido tanto medo. Não, até mesmo medo não é capaz de descrever aquilo que senti. Pavor. Sim, pavor parece mais apropriado. Cada célula do meu corpo gritava, não pare que eu corresse, mas por conta de uma agonia profunda. De uma coisa minha mãe sempre esteve certa, temer pela nossa vida é natural, contudo temer por aqueles que amamos é centenas de vezes pior. Preferia enfrentar três Minotauros e duas das Fúrias a ver uma cena daquela outra vez, mas aqueles gritos de Visenya não eram os primeiros, tão pouco seriam os últimos.

Minha namorada vinha de quinze em quinze dias me visitar, não podia deixar de me sentir amargurado com a ideia, mesmo em condições normais, agora ficar com ela metade dos dias de um mês, depois que Richard incentivou ela a se juntar as Amazonas, isso sim me dava nos nervos. Uma ideia genial, é claro. Afastar Visenya de mim acabaria com seu complexo de ciúmes paterno, mas a que preço? Ele odiava tanto a ideia de ver sua "garotinha" namorando que preferia ver ela agonizando de dor e enlouquecendo?

Meus sentimentos estavam uma zona, não sabia quando minha insônia era maior, se era quando ela estava comigo ou quando estava distante. Nada disso teria começado se Vis não tivesse partido, meu coração quase saltou da boca no dia em que ela me ligou desesperada. Suas alucinações começaram quando a menor chegou na Amazon, a descrição de tudo que ela estava passando era perturbador, tinha medo que mesmo se descobríssemos a cura da sua maldição, Visenya acabaria louca para sempre.

Queria socar alguém, quebrar alguma coisa, descarregar tanta energia elétrica em Poseidon que não sobraria Damon algum para ela evaporar depois disso. Contudo me contive, a parte mais difícil era me conter. Não podia cuidar da loira na minha frente se eu mesmo estivesse em colapso. Respirei fundo. Minhas mãos tremendo, minha inocência disse que algo daria errado assim que acordamos, mas não imaginei que podia ser a pior crise dos últimos cinco dias. Me ajoelhei ao seu lado.

Visenya finalmente parou de se mover, agachada no chão parecia prestes a se levantar e olhar para mim, faria como nas suas primeiras crises, agiria como se nada tivesse acontecido. Meu coração queria pular do peito, mesmo que não sentisse ele fora do lugar. Toquei Vise na esperança que minha voz pudesse à acalmar. Se tivéssemos na praia - como combinamos - a água teria algum efeito positivo, mesmo que ela se debatesse, me arranhasse e muitas vezes nos ferisse, sempre por se recusar a entrar no mar.

Como se não pudesse piorar, quando achei que meu toque poderia ajudar, tudo que ele fez foi estragar as coisas, provavelmente os efeitos daquela cabana maldita. Tinha vontade de queimar aquele lugar sempre que o via, mas quando Visenya estava com as amazonas na Costa Oeste, eu passava horas sem dormir tentando obter algum resultado positivo para entender a maldição. Sua voz tinha um entonação de fúria, uma força de desespero que nunca tinha visto ninguém utilizar: — TIRA! TIRA AS MÃOS DE MIM! — Gritou a menor enquanto eu tocava seus ombros.

Evidente que não era no pescoço que ela sentiu meu toque e evidente que não foi nada carinhoso para ela. Seus gritos e a forma com que Vis se arranhava, me fizeram sentir uma vontade desesperadora de chorar. Chorar de dor, de tristeza, nunca tinha sentido aquilo na vida. Nunca antes tinha sentido vontade de chorar como uma criança, claro, desde que atingi a fase adulta. Sabia que não podia derramar uma lágrima sequer, se o fizesse ali entraria em desespero, começaria a chorar, não seria capaz de tirar Visenya daquela crise. Respirei fundo uma segunda vez, internalizando meus sentimentos.

...


Memória de dezesseis anos atrás...

Na minha mente passava uma conversa muito antiga que tive com Elijah, meu pai de verdade, o homem que me criou. Estávamos sentados na beirada da cama, olhando um para o outro. Sua mãe tinha falecido à poucas horas. A vovó Hartmann era dura na queda, não tanto quanto Alexia, ainda assim tinha lutado por muitos anos contra um câncer no pulmão. Meu pai tinha acabado de saber da notícia, eu não fazia ideia àquela altura, mas minha mãe estava contando para Daron na cozinha, enquanto o homem tinha acabado de me relatar o ocorrido.

Pensar no meu pai me trazia dor, ainda assim a memória era a única coisa que podia me ajudar: —  Papai, os homens não choram. —  Falei, olhando para os olhos azulados do judeu na minha frente, minhas palavras arrancaram um sorriso genuíno em meios as lágrimas que pintavam seu rosto. —  A vovó Alexia vive dizendo que homem que chora é garoto e o senhor é um homem! —  Continuei, não devia ter mais que cinco anos, minha voz extremamente infantil demarcava isso.

Por um instante tudo pareceu bem, o adulto na minha frente projetou seu corpo na minha direção e me abraçou, mas assim que falou, sua voz grave e embargada me fez chorar: — Ah meu filho, você não sabe como está enganado. — Disse o loiro, seu sorriso estava carregado de melancolia. — Nós homens temos que chorar, de outra forma vamos explodir. Explodir de tantas lágrimas que guardamos. — Explicou ele, como se aquela fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Assim que ele falou aquilo eu me assustei, comecei a derramar as lágrimas de forma desenfreada, o mais velho me abraçou ainda mais forte, como todo pai deve fazer com o filho. Seu sorriso triste se transformou em carinho, aposto todas minhas fichas que ele estava pensando em como seu pai um dia tinha feito o mesmo. Minha voz quase não escapou por entre os lábios finos: — Mas pai, a vovó diz que homem não chora. Eu nunca vi nem o senhor e nem o vovózinho chorarem. É a primeira vez. — Falei para ele, com nada além de empatia para explicar meu estado emotivo.

— Damon… — Começou ele, mas eu o cortei.

— Além do mais papai, eu não quero explodir. Você já pensou que horrível deve ser ex… — Interrompi meu pai e dessa vez foi a sua voz dura e controlada que me calou a boca. Não fazia ideia, mas naquele momento só estava atrapalhando o seu luto.

— Damon! — Exclamou, sua forma de falar era definitiva, mas ainda assim carinhosa. — Você não vai explodir. Infelizmente a maioria dos homens não é visto chorando pois escolhemos fazer isso sozinhos, quando ninguém mais está vendo. — Repeliu ele, outra vez retomando o tom de voz carregado com luto.

Como uma criança delicada passei os dedos finos no seu cabelo loiro. Minha voz ainda estava fraca, mas depois de alguns minutos consegui dizer: — Está tudo bem, papai. Você não precisa chorar sozinho, eu choro com você. — Disse com gentileza, outra vez o riso do homem me confundiu.

Suas mãos grandes eram maiores que meus ombros, ele secou suas próprias lágrimas e me olhou com firmeza, meu coração palpitava: — Você não pode chorar junto comigo, meu filho. — Relatou o Herzl, me fazendo perguntar o porque. — Lembre-se disso Damon, quando alguém que amamos muito está chorando, não importa o que aconteça você não deve chorar na sua frente, você deve cuidar dessa pessoa e secar seu rosto. — Explicou o mais velho, passando com a manga da camiseta sob meus olhos. — Agora vamos ver como está o seu irmão e a sua mãe. — Disse ele uma última vez na minha lembrança.

...


O sangue nas unhas de Visenya não podiam me fazer parar. Os cortes no meu braço e no dela indicavam que aquela não era a primeira vez que isso acontecia. Tentar impedir que ela me machucasse era simplesmente impossível. Suas unhas arrancaram ainda mais pele dos meus braços, enquanto ela se debatia para fazer isso com ela mesma. — ME LARGA SEU CRETINO! ME LARGA! — Gritou, me partindo o coração. Enquanto nos debatíamos ela se levantou, tentando a todo custo se desvencilhar dos meus toques.

Os ferimentos na minha pele comprovaram como aquilo era recorrente. Vise ainda não estava no seu pior estado, tínhamos algum tempo até isso acontecer, mas as suas crises vinham fortes e curtas, em um momento ela estava completamente bem e saudável, no outro completamente instável e agressiva. Me perguntava como ela lidava com isso com as amazonas, pois ela não me contava nada a respeito do tempo com suas irmãs. Para piorar não me contava como tratava aqueles “episódios” quando eu não estava junto.

Muito pelo contrário, assim que ela melhorava fazia questão de fingir que nada tinha acontecido, nunca insisti muito no assunto, pois toda a informação necessária ela já tinha me fornecido, mas parece que fingir que uma crise não tinha acontecido era seu sistema de defesa. Apertei meus braços ao redor do corpo dela, andando para trás até esbarrar em uma parede: — Está tudo bem, Blondie, eu estou aqui. Seu amor está aqui com você. — Falei em tom de voz baixo, mais uma vez entre várias. — Estou com você, meu amor, estou aqui. Você vai ficar bem, vai ficar tudo bem, eu te prometo. — Insisti, esperando que aquilo fosse capaz de acalmar a loira.

As vezes funcionava e as vezes não. Assim que Vise parou de se debater eu me contive. Estava só esperando que tudo fosse ficar bem. Como eu disse anteriormente, minha inocência era tão grande que eu pensava naquele dia como um dia ruim, mas seria muito pior.  —  Blondie? — Perguntei com carinho, acariciando seu rosto.

Assim que fiz isso me arrependi, minha namorada fazia questão de ser sorrateira quando atacava, uma tática amazona usada para o meu bem estar, é claro. A mais baixa pisou no meu pé - ainda de costas para mim - e afundou seu cotovelo no meu rosto. Assim que ela o fez senti a sensação familiar da dor, contudo não tive tempo para processar a informação. Logo que recebi os golpes a loira gritou. — ME LARGA SEU FILHO DE UMA PUTA! — Sua voz ecoou forte.

Estava completamente zonzo, mas ao perceber que ela corria para a porta fiz questão de seguir atrás. Assim que a outra abriu a mesma eu puxei seu ombro, como esperava a menor tentou um cruzado, se virando para mim assim que nossas peles fizeram contato. Não podia deixar de admitir: Estava puto, muito puto. Eu tinha um pai desgraçado, uma avó mentirosa e um irmão egoísta. Sem falar nas duas vezes que tinha sentido alguma coisa por alguém, na primeira vez é melhor nem comentar e na segunda, bem, na segunda o amor me batia na cara.

Empurrei o corpo de Visenya com violência contra a porta, o sangue quente com a vontade de destruir tudo. Qualquer outra pessoa teria me acertado no rosto dessa forma e teria ganhado um murro nos dentes, qualquer uma, menos Visenya Vaftrudener. O batente quase não segurou o impacto de nossos corpos contra a madeira, mas assim que Vise me empurrou, achei que a mesma ia ceder. A loira tentou me socar logo que nossos corpos criaram distância, mas segurei seu punho e choquei seu corpo contra porta uma segunda vez, sem dizer nada beijei sua boca, com raiva, medo, carinho e claro paixão, como sempre.


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Mensagem por Visenya Vaftrudener Sex Mar 06, 2020 11:08 pm

Filha de Poseidon
Guerreira Amazona
ΒΕΛΛΕΡΟΦΩ͂Ν
“Onde Damon estava?” Eu me perguntava a todo momento, na esperança que olharia para frente e encontraria seus olhos azuis e seu corpo grande para me proteger. Mas a única presença que eu conseguia sentir era uma que me aterrorizava, me causava nojo e revolta. Aquele ser que me atacava era meu pai, o senhor dos mares, o todo poderoso Poseidon. Ele deveria me proteger e por mais que eu soubesse que tudo aquilo era uma ilusão, uma mera peça da minha mente, a realidade com que eu vivia cada um daqueles instantes tornava meus instintos mais fortes que a minha razão. Eu era refém daquela maldição e ela tornava tudo aquilo real e eu não tinha como resistir, apenas esperar que em algum momento passasse. Se é que algum dia aquilo iria passar. Corri com as forças que me restavam, respirando com dificuldade, meu peito estava pesado, o ar parecia me faltar a cada passo. A verdade é que eu já não estava mais conseguido lutar contra. Eu estava exausta, mas meu refúgio estava apenas há alguns metros de mim e eu precisava chegar até ele.  

A porta já estava ao meu alcance, precisava apenas esticar meu braço e talvez eu tivesse uma chance de ficar bem. Richard havia me dito mais de um milhão de vezes que se eu sentisse medo, era para lá que eu deveria ir e me trancar. Porém, antes que eu pudesse alcançar a maçaneta senti uma força me puxar pelo ombro, eu sabia que era ele. Por ímpeto eu tentei acertar o rosto dele, mesmo que me parecesse uma opção idiota, ele era um Deus e eu sua relhes filha. No meio de toda aquela confusão eu me perguntava se ele me via ou via Medusa em meu lugar, já que ele nunca me chamava pelo nome. Nunca haviam nomes. Olhar para o semblante dele cheio de ira me causava enorme pavor, a todo momento eu só pensava que aquele poderia ser o meu fim. Eu não duvidava que ele teria a capacidade de acabar comigo bem ali se essa fosse a sua vontade. Mas talvez morrer fosse o melhor para mim naquela situação. Nunca pensei que um dia eu fosse desejar a minha própria morte.  

Minhas costas chocaram com violência contra a superfície de madeira e um gemido baixo de dor escapou por meus lábios. Meus ouvidos escutaram a madeira ranger tamanho havia sido o impacto. Ele era infinitamente mais forte, sendo quase impossível para mim lutar contra ele.  Tentei uma última vez empurra-lo, mas não tive segurança ao fazê-lo, a estrutura atrás de mim parecia que ia ceder a qualquer momento, meu braço se esticou em mais uma tentativa falha de tentar expulsa-lo de perto de mim. Um golpe que ele parou com facilidade, segurando com as próprias mãos e havia um sorriso tenebroso em seus lábios que fez todo meu corpo estremecer como se o solo sacudisse sob meus pés: — Por favor... — Supliquei com a voz falha, praticamente implorando para que ele não fizesse o que eu imaginava que ele faria. Eu era sua filha, mas eu não via isso em seus olhos, ao encarar seus olhos, o reflexo que havia neles não era o meu. Era o dela. Eu estava mais uma vez presa em seu corpo, sentindo suas dores. Eu já não sabia mais como suportar.  

Por mais que eu temesse fechar meus olhos, por mais que fechar os olhos para mim fosse pavoroso, eu precisei fazê-lo, principalmente quando eu senti o corpo dele contra o meu. Ele me pressionou contra a porta, uma mão passou por minha cintura a envolvendo e apertando meu corpo contra o dele, a outra se enfiou no meio dos meus cabelos e repousou em minha nuca, segurando com posse: — Eu não posso... — Murmurei involuntariamente. Minhas emoções totalmente misturadas com as do monstro mitológico, eu não sabia onde eu terminava e onde ela começava. O calor dos lábios dele, a fúria e o ímpeto de seu beijo me desarmaram totalmente, ao mesmo tempo parte de mim gostava e parte de mim estava apavorada. Parte de mim queria e parte de mim repudiava o contato com o Deus. O que estava acontecendo? Eu só queria que tudo aquilo acabasse! Ele me pressionou mais uma vez com força e violência contra a porta e um gemido escapou por entre meus lábios, o que ele pretendia fazer comigo ali naquele momento exalava por seus poros. E novamente fui tomada por um medo arrebatador, capaz de sobrepujar qualquer outro sentimento daquele instante, inclusive o de entrega.  

Empurrei o corpo masculino com o restante das forças que eu tinha e ele acabou indo para o lado, meu corpo escorregou até que eu ficasse agachada mais uma vez. Vozes em minha cabeça gritavam sem parar e o longe eu podia escutar o relinchar dos cavalos. Aquilo era louco demais até para mim, nada fazia sentido. Levei minhas mãos aos ouvidos na tentativa que as vozes e sons cessassem: — Parem! Por favor! — Falei baixinho e chorosa. Tinha a sensação que a minha cabeça explodiria a qualquer instante, eu não tinha forças para ficar de pé: — Blondie. Volta. Você precisa acordar. —  A voz parecia distante no meio de todas aquelas outras, mas totalmente familiar: — Vise. Se acalma meu amor, por favor. Eu estou aqui com você. — Eu já conseguia escutar com nitidez e já não restava nenhuma dúvida. A voz era de Damon. Mas era real? Ou seria mais uma peça que a maldição me pregava? O toque em meu rosto fez com que eu me assustasse e abri meus olhos em um rompante e ao vê-lo na minha frente foi reconfortante: — Damon. — Falei com a voz baixa e trêmula, algo totalmente incomum e tomada por uma fragilidade que se quer conseguia levantar.  

Hesitante levei a mão ao rosto dele, precisava ter certeza de que aquilo era real. Senti os fios ásperos da barba dele roçar contra a ponta dos meus dedos, depois deslizei os mesmos sempre pressa por sua boca, notando o sangue que escorria por uma das laterais. Finalmente criei coragem e o encarei em seus olhos, já não via mais ela, apenas eu mesma. Finalmente havia acabado. Mas nada havia sido como aquilo, olhei para os meus braços e notei arranhões e em alguns lugares era como se eu tivesse arrancando a minha própria pele. Olhei para os braços do maior e não estavam muito diferentes dos meus. A dedução foi óbvia demais para mim e ao mesmo tempo dolorosa demais para eu encarar. Eu quis falar, mas minha voz me traiu e um soluço escapou de minha boca, meus olhos arderam e eu senti o choro chegar a minha garganta. Havia alívio no olhar de Damon, mas a nuvem de preocupação e tristeza não havia se dissipado.  Eu estava fazendo dos dias dele um verdadeiro inferno. E por meu amor por ele ser tão grande, tal pensamento me machucou como se mil espadas atravessassem meu corpo.  

— O que eu fiz? — Era óbvio que a minha pergunta era retórica, mas formular uma frase naquele instante não estava sendo uma tarefa muito fácil para mim. Eu queria sumir, queria que o chão se abrisse sob meus pés e me fizesse desaparecer. Eu estava fragilizada de uma forma que era incapaz de me reconhecer: — Me perdoa, love. Eu... Eu... — As lágrimas roubaram minhas palavras e Damon roubou minhas ações. O mais velho em silêncio me envolveu em seus braços de forma protetora, me mantendo junto ao seu peito sem dizer nada. Ele sabia como eu estava me culpando naquele momento, como eu estava sofrendo assim como ele e que para mim era ainda mais difícil, pois eu sempre acabava ferindo quem eu mais amava. Mergulhei meu rosto entre seus cabelos loiros que caiam sobre os ombros e tenho certeza que ele sentiu minhas lágrimas molharem sua camiseta. Ele sabia que eu estava desesperada diante de tudo o que havia acabado de acontecer. Eu daria qualquer coisa para colocar fim a essa agonia e daria a minha própria vida para que Damon não sofresse mais.
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Mensagem por Damon A. Herzl Dom Mar 08, 2020 7:51 pm

The Curse
And The lover
Assim que nos beijamos achei que Visenya “despertaria”. Em um primeiro momentos os efeitos do beijo foram ainda piores. Não fazia ideia do que ela estava vendo em meu lugar, mas o toque dos nossos lábios levou uma sensação de calor e desejo ao seu corpo. Por outro lado a sua reação contraditória indicava que apesar de ter gostado do beijo, ela ao mesmo tempo parecia repudiar meus toques. Não pude deixar de sentir ciúmes com a ideia de que ela estava vendo outro homem beijando-a.

— Parem! Por favor! — Disse ela com a voz cheia de temor. Não sabia ao que diabos ela estava se referindo, tudo que conseguia ver era uma garota apavorada, cheia de temor. A cena fez o coração apertar ao redor do peito, até imaginei se faria algum bem deixá-la em paz, mas o único traço verdadeiro de Visenya que consegui sentir foi durante o beijo, por alguns segundos - enquanto ela havia me correspondido - ela era a mesma.

Precisava tirar minha namorada daquele transe psicótico. Talvez agora minha voz alcançasse ela, como havia feito outras vezes. — Blondie. Volta. Você precisa acordar. — Falei com toda concentração que tinha. Empenhando força e amor em cada uma das palavras. Precisava chegar até ela. — Vise. Se acalma meu amor, por favor. Eu estou aqui com você. — Insisti enquanto ela continuava a tremer. A minha voz parecia ressoar em seus ouvidos várias vezes, mas ao que parecia estava forçando uma brecha na mente dela.

As pupilas de Visenya diminuíram expressivamente, como se ela estivesse saindo de um efeito entorpecedor, algo que de fato era real. Ela pousou seu olhar sobre mim e falou: — Damon. — Sua voz me tirando um peso enorme do peito. Suspirei aliviado e cheio de medo, preocupado que aquilo ali fosse só uma amostra do que poderia acontecer se não impedíssemos a maldição. Ela tentou falar, mas as palavras lhe traíram, logo seu rosto estava coberto por lágrimas, não era comum ver alguém como Visenya chorar.

Meu coração falhou algumas batidas, tentei falar qualquer coisa quando o rosto da menor se afundou no meu peito, mas o silêncio foi a melhor escolha naquele momento. Um pensamento terrível me ocorreu quando o calor úmido do seu choro molhou minha camisa: Talvez momentos lúcidos fossem se tornar cada vez menores e mesmo que só tivesse uma pequena chance de Vise não sobreviver na minha visão, não podia deixar que o pior viesse e tristeza permeasse nossos últimos momentos juntos.

Aquele momento poderia ser apenas mais um onde Visenya estava consciente mesmo amaldiçoada ou talvez fosse um dos últimos dias que veria ela como ela era realmente. Não tinha como saber exatamente quanto tempo tínhamos e como ela reagiria a cada dia. Por mais que essa ideia me assustasse e por mais que eu realmente acreditasse que ela venceria aquela desgraça de maldição, não podia permitir desperdiçar um momento sequer, se existisse a menor das chances da semideusa partir.

De todas as coisas que podia dizer, sentia que aquela frase era a mais correta e simples, ao passo que também tinham o maior significado: — Visenya, eu te amo. Te amo mais do que a mim mesmo. — Falei, fazendo a loira levantar os olhos para mim, acho que entre as coisas que ela esperava ouvir naquela situação, aquela era a última delas. — Te prometo meu amor, que te amarei em todas as minhas próximas encarnações também. — Continuei dizendo, cada uma das frases mais parecia uma declaração de amor. — E em cada uma delas darei um jeito de te encontrar. —

Não esperava nenhuma palavra como retribuição, nenhum gesto ou indício que estava fazendo algum efeito positivo nela. Não precisava de nenhuma confirmação, tudo que eu dizia era a maior e mais pura verdade, do fundo do meu coração, cada célula do meu corpo estava mais disposta a se sacrificar por ela e mais disposta a amá-la ainda mais. Quando a menor abriu uma pequena brecha para uma resposta, tomei seus lábios salgados em mais um beijo apaixonado.

Tudo para que eu marcasse aquele momento para sempre em minha mente, para me recordar da pessoa mais importante que já havia conhecido. Para me lembrar como o mais doce sabor pode se tornar salgado de tristeza quando amamos alguém. Para me entregar além dos dizeres. Estaria com ela, passaríamos tudo aquilo juntos. Sem separar nossos lábios puxei Vis - agora de pé - para o meu colo. Suas pernas rodeando minha cintura, como sempre gostava de fazer. Os braços torneados da filha do mar enlaçaram meu pescoço como se o corpo dela jamais fosse descolar do meu.

Enquanto nossas línguas se tocavam, as lágrimas dela pararam de escorrer e ao mesmo tempo o sangue em meu rosto secou.



Damon A. Herzl
Damon A. Herzl
Filhos de Zeus
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Mensagem por Madeleine Wang Seg Mar 09, 2020 7:34 pm

Primeiros socorros
A primeira aula de socorros naquele dia seria bem diferente das demais. Geralmente, tal aula era feita perto das enfermarias ou em lugares que tinham por perto locais de saúde ou tratamento, mas a proposta daquele dia seria totalmente diferente do que qualquer semideus poderia ver. Em uma área aberta aonde caberia todos os semideuses, Madeleine entrou com seu mais belo sorriso. — Animados? — Com um caderno e caneta na mão, ela gargalhava internamente com a surpresa dos semideuses ao observarem alguns bonecos no chão num cenário tão aleatório daquele. — Pois bem. Antes de tudo, não se desesperem, tá? Meu nome é Madeleine Wang e eu serei a instrutora de primeiros socorros de vocês. Para muitos essa disciplina é bem óbvia e objetiva, e a minha missão é colocar na cabeça de vocês que isso não é tão fácil como parece. Quando falamos de primeiros socorros, não basta só você chamar o curandeiro mais próximo ou fazer uma reanimação logo as pressas, muito diferente disso. — Ela pausou, enquanto o vento jogava seu cabelo ao lado para realçar o rosto.

— O que devemos fazer, antes de qualquer inciativa, é observar o ambiente o melhor possível ao seu redor e por isso, trarei a vocês um desafio que será muito útil para coisas que vocês poderão enfrentar enquanto com pouco tempo para salvar alguém. — Posicionou, quando se dirigiu — fazendo questão de que ouvissem o barulho dos saltos — até o mais próximo boneco. — Ao lado dos bonecos, estarão cronômetros que medem exatamente cinco minutos e meio. Seu destino, infelizmente ou felizmente, é de ter que salvar um amigo que entrou em um estado grave que exige os mais rápidos movimentos para que sua vida seja salva. Independente do que seja esse estado grave, que sua imaginação pode decidir, vocês precisam e necessitam averiguar o ambiente e identificar com seus olhos elementos que lhe evidenciem uma maleta. — Concluiu.

Quando terminou, observou algumas caretas confusas. — As maletas estão dentro da floresta, não muito longe daqui, o que permite vocês procurarem bastante e ainda terem tempo de voltar sem que seu amigo faleça. De qualquer forma, sua missão é bem clara... Achem as maletas usando de pistas do ambiente e salve quem precisa de ajuda! — Sorrindo, mas com um ar pesado sobre o timbre, finalizou. A partir dali, esperava que os alunos demonstrassem as habilidades que tinham tanto na natureza quanto na medicina. Pois, como curandeira, sabia que não bastaria de nada que aprendessem a medicina básica sem saberem como funcionava o ambiente ao seu redor.

Missão

A missão, especificamente, é ressaltar que os semideuses tem cinco minutos e meio para salvar o colega/amigo — o boneco — que entrou num estado grave e que a qualquer momento pode vir a falecer. Crendo na verídica teoria de que a medicina não é só técnica, como detalhe, Madeleine propôs a missão dos semideuses terem que aprender a analisar seu ambiente ao redor como primeira parte e conceito básico dos primeiros socorros. Afinal: não é sempre que podemos ou temos uma maleta em disposição e analisar os recursos ao redor é a melhor forma de se conceituar.

Madeleine Wang
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