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[AGONÁLIA] FIXAS — Cole Goodwin

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Mensagem por Cole Goodwin Dom Fev 12, 2023 7:18 pm

Tópicos de missões fixas de Cole Goodwin, filho de Netuno, membro da I Coorte e da XII Legião Fulminata.
Cole Goodwin
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[AGONÁLIA] FIXAS — Cole Goodwin Empty Re: [AGONÁLIA] FIXAS — Cole Goodwin

Mensagem por Cole Goodwin Dom Fev 12, 2023 7:19 pm





holy blueberry cookies
Cole tinha acordado com o pé direito naquele dia. A primeira coisa que fez depois de arrumar seu beliche, foi se encaminhar ao refeitório junto dos demais legionários, já pensando nas coisas que faria para ajudar nas decorações do Agonália. Ele não queria parecer muito entusiasmado, tentava diminuir a quantidade de passadas de cada pé, mas acabava sempre ultrapassando um ou dois campistas até chegar no lugar. As cinco mesas ainda estavam vazias e, como sempre, eles foram os primeiros a se assentarem, alguns ainda bocejando de sono.

Cole recheou o prato com dois waffles, uma banana e uma caixinha de suco de uva, o seu preferido. Sentou-se ao lado dos colegas e mastigou o primeiro pedaço de panqueca, ouvindo atentamente a conversa dos demais.

— Cara, os idosos já estão acordados. Acredita nisso? Estão me esperando desde as cinco para levá-los ao festival. — Uma garota murmurou ao lado, um pouco indignada.
— E eu que fiquei com a limpeza no Pequeno Tibre? Os faunos sujaram toda a encosta do rio. — O menino a frente respondeu, mais indignado ainda.

Ficou em silêncio, pensativo. Até então, a sua tarefa seria de guia turístico e sentiu-se um pouco envergonhado, como se aquilo ainda fosse o mínimo. Afinal, o que poderia dar errado naquilo? A maioria dos legionários não se importava com ele ser filho de Netuno, mas uma minoria lançava a ele olhares desconfiados, como se a qualquer momento ele pudesse inundar o refeitório com a água do rio. Ele odiava a sensação de estar sendo observado, odiava ter de se esforçar o dobro para conquistar seu espaço entre os campistas e odiava ainda mais o fato de que não era sua culpa. Então, tinha aprendido a seguir ordens, mesmo as que menos gostava.

Cole mordeu o último waffle, bebeu o resto do suco e se levantou, seguindo para fora do refeitório junto dos outros. Da noite pro dia, a neve que tinha se acumulado nas vias do acampamento estava derretendo e se dissipando pelos esgotos, tornando o trajeto muito mais fácil do que era no inverno, provavelmente algum truque usado pelo Senado. Ainda assim, o clima era gélido, tanto que ao respirar, um vapor de fumaça escapava da boca do meio-sangue.

Ele olhou para o relógio em seu pulso. De alguma maneira, tinha se acostumado a saber as horas apenas com um ponteiro apontando para numerais romanos e sabia que, em poucos minutos, os primeiros visitantes chegariam. Depois, ele seguiu o aglomerado de campistas pela Via Praetoria sentido a Nova Roma, onde aconteceria o festival. Chegando lá, ele logo avistou os homens e mulheres aposentados, alguns vestiam togas brancas e coroas de louros na cabeça, aqueles eram os senadores. Outros, os comerciantes, usavam estampas com logos de suas lojas e produtos e, por fim, os campistas vestiam as costumeiras camisetas roxas. Até então, nada fora do normal.

Exceto por uma coisa. Uma garota.

Ela estava afastada dos demais, debaixo de uma árvore no meio da praça da cidade e parecia um pouco perdida. De aparência mediterrânea, tinha a pele morena, cabelos longos e pretos, usando jeans escura, botas e uma camiseta laranja do outro acampamento. Aparentemente, ninguém tinha prestado atenção nela, ou teriam percebido que não era uma deles. Cole teve uma sensação estranha enquanto a olhava de longe, um pesar profundo como se toda a sua energia tivesse sido sugada de seu corpo. A mesma sensação que tinha ao chegar perto demais dos filhos de Plutão no acampamento. À medida em que se aproximava, ele percebia que as outras pessoas não só tinham percebido a garota debaixo da árvore, como também a ignoravam.

Abriu um sorriso simpático e ergueu a mão na direção da menina, de repente.

— Bem-vinda a Nova Roma. Você tá um pouco adiantada — Ele tentou não soar grosso, mas olhou em volta para ter certeza de que não tinha mais ninguém perdido. — Qual o seu nome?

Zoya. Zoya Strozzi. O meio-sangue gravou o nome na cabeça, ao mesmo tempo em que olhava atentamente para o rosto. A primeira impressão que teve era de que ela era assustadoramente linda. Zoya não era simpática, não sorria como os outros e não parecia se importar com apresentações e também não disse de quem era filha. Cole fez o mesmo.

— Já conhece o festival? —  Perguntou, desengonçado. Nunca soube como se portar com desconhecidos.
— Não. — Zoya disse um pouco ríspida. — O que tem nele?
— É um culto a Jano, deus das transições. Nós sacrificamos um carneiro para garantir o bem-estar do estado nesse novo ano, e então, temos as festividades. Mas a coisa toda só começa ao meio-dia... que tal se eu te mostrar o resto da cidade?

Ela fez que sim, mas relutante. De fato, eles se entreolharam por meio minuto até o campista dar meia volta e seguir caminhando pelos arredores da praça, olhando em volta para saber aonde iriam dali em diante. Nunca tinha feito aquilo antes, contudo, tentou apresentar todos os detalhes de todos os lugares de Nova Roma. Começou pela própria praça, repleta de árvores, estátuas de imperadores, pilastras e fontes jorrando água cristalina.

— Bem, aqui é de passe livre, mas ali — Não muito longe, Cole apontou para uma estrutura grande de três andares com estátuas de águias nas extremidades dos telhados. — Ali é a Casa do Senado. É onde os senadores se reúnem para discutir assuntos importantes, tomadas de decisões. Nunca entrei lá dentro, mas é isso.

Pareceu um pouco pesaroso de lembrar que mesmo depois de treze anos, ainda não tinha conquistado a liderança. Aquele fato sempre o fazia se sentir um fracassado, mas procurou ignorar a si mesmo para não estragar o tour de Zoya pela cidade. Quando se deu conta, estavam se aproximando de uma construção oval cercada por arquibancadas, onde havia uma grande arena e alguns campistas puxando cavalos e carruagens.

— O Circus Maximus é onde você vai apreciar um ótimo espetáculo. Se não me engano, alguns campistas prepararam um show de corridas de charretes para mais tarde. — "Poderíamos assistir juntos" pensou em dizer logo em seguida, mas continuou sério. Zoya o intimidava apenas com o olhar.

Atravessaram para o lado, aonde o filho de Netuno alcançou a orla do lago da cidade. Respirou fundo e fechou os olhos, queria sentir o cheiro de terra molhada e umidade do ambiente. O lago estava quase congelado, mas ainda assim, havia uma parte com bastante água, aonde ele se agachou próximo e molhou os dedos da mão. Sentiu como se todas as suas forças estivessem renovadas, sentiu um calor reconfortante percorrendo seu corpo inteiro e, por um segundo, pensou ter ouvido seu pai murmurando um 'olá'. Ele nunca respondia, não o conhecia o suficiente para isso, mas o lago era definitivamente aonde se sentia conectado consigo mesmo.

Quando se deu conta, estava sendo observado detrás pela menina. O seu rosto queimou, mas logo se levantou e se aproximou com as mãos no bolso, tentando parecer relaxado.

— Nem se compara com a Roma antiga, mas é um bom lugar. — Tentou parecer modesto quando, na verdade, ele venerava a cidade e a Legião. Eles ficaram em silêncio um olhando para a cara do outro, até o meio-sangue tomar a iniciativa de uma conversa. — Nunca fui para o acampamento de vocês. É no leste, não é? O leste para nós traz maus presságios.

Em sua cabeça, dizer aquilo parecia uma boa forma de conquistar a simpatia da garota, mas logo temeu ter sido afrontoso. Nunca tivera contato com nenhum dos gregos e agora estava ali, de frente para um deles.

— Não que vocês sejam um mau presságio... nós não temos boas histórias ao leste, muito longe dos nossos deuses, eu acho.

Cole percebeu que estava piorando tudo e, por um momento, quis se enfiar debaixo do lago e ficar o tempo que conseguisse aguentar. Não seria um problema pra ele.

— Não temos uma cidade, mas nosso acampamento pode ser aconchegante — Zoya o respondeu logo em seguida para sua surpresa. Foi a primeira vez que ele a ouviu falar mais de três palavras em uma frase. — É cercado por uma floresta e... bem, temos uma praia. Devia conhecer, fica em Long Island.

Cole deu um meio sorriso. Eles tampouco tinham qualquer apreço por praias, devido a todas as histórias sobre afogamentos que ouviam dos mais velhos nos quartéis. Até mesmo ele, filho do deus dos mares, sentia um calafrio só de pensar em pisar em uma praia. Por algum motivo, praias o lembravam de uma velhinha enrugada e rancorosa que o derrubara de uma balsa na infância. Mesmo assim, o convite de Strozzi o fez repensar em todo aquele medo.

— Acho uma boa. — Disse, engrossando a voz. — Aí você pode ser minha guia turística.
— Goodwin, venha! Os lares enlouqueceram! — Alguém da Primeira Coorte gritou de longe.

Cole notou alguns campistas atravessando a Linha Pomeriana em direção ao acampamento. Por um momento seus pés travaram, queria ter continuado ali e mostrado mais da cidade para Zoya, mas tinha deveres a cumprir até o festival.

— Eu tenho que ir, deve ser sério. O festival começa em poucas horas, até lá, sugiro que vá até a barraquinha de biscoitos de mirtilo, são os preferidos da legião.

Ele se despediu com um breve aceno, deu meia volta e correu tentando não parecer desengonçado.




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[AGONÁLIA] FIXAS — Cole Goodwin Empty Re: [AGONÁLIA] FIXAS — Cole Goodwin

Mensagem por Juventa Ter Fev 14, 2023 10:12 pm

GOD'S ICHOR

Modelo utilizado para a Avaliação:
Valor máximo a ser recebido: Guia Turístico – 1.000 XP e dracmas/denários + 10 fragmentos
Criatividade: Habilidade de capturar a atenção e inovar na narrativa. ㅡ 30%
Realidade: Realidade do Enredo e das Ações nele descritas. ㅡ 45%
Escrita: Organização, gramática e coerência do texto. ㅡ 25%

Cole Goodwin
Criatividade: Habilidade de capturar a atenção e inovar na narrativa. ㅡ  30%
Realidade: Realidade do Enredo e das Ações nele descritas. ㅡ 45%
Escrita: Organização, gramática e coerência do texto. ㅡ 25%
Total: 100%
RECOMPENSAS: 1.000 XP e dracmas/denários + 10 fragmentos

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Mensagem por Cole Goodwin Qui Fev 16, 2023 1:57 pm





monsters under your bed
Fantasmas palpáveis – De algum modo, os lares foram afetados estranhamente e se tornaram quase sólidos e agindo como se ainda estivessem vivos, ou melhor, revivendo o próprio passado e vendo coisas que não existem mais e, em função disso, passou a ser um perigo transitar por todo o Acampamento Júpiter. Diversos semideuses, incluindo você, foram convocados para lidar com a situação em diversos pontos, para impedir que os lares se machuquem ou acabem ferindo alguém, além de garantir que retornem ao normal.
Recompensas: 2.000 XP e dracmas/denários + 20 fragmentos
Dois adolescentes passaram correndo pelo Portão Pretoriano, desferindo estocadas um no outro com espadas de madeira.

Cole se sentiu idiota. Há poucos minutos, estava de frente para uma bela mulher e, de repente, tinha de lidar não apenas com os lares mas com probatios rebeldes. Eles tinham sido escalados para guardar as entradas dos quartéis, no entanto, estavam bastante ocupados com aquela brincadeira boba - demoraram a perceber a presença do legionário.

O meio-sangue pigarreou para chamar atenção.

— Vocês não deviam estar nos quartéis? — Perguntou assim que os olhares se voltaram a ele.

As crianças estavam com os olhos arregalados, a boca aberta e o rosto pálido como se tivessem visto um monstro. Eles esconderam as espadas atrás das costas e gaguejaram.

— A gente só queria praticar. — Disse um.
— Não nos deixaram usar as espadas por uma semana. — Acrescentou o outro.

Eles eram gêmeos, tinham cabelos cor de areia, bochechas rosadas e olhos travessos que o lembraram muito de seu falecido padrinho. Não foi preciso muito para imaginar de quem eram filhos. Mercúrio. A agitação era inerente a eles.

— E vão ficar mais uma semana de molho. — Cole os confrontou com rispidez. Quando se tratava de seguir regras, era sistemático.

Olhou em volta e, até então, tudo parecia em ordem. Nenhum sinal de lares, nada de vasos quebrados, janelas e portas distorcidas, nem mesmo um único pio de pássaros. Tudo estava estranhamente quieto e normal, não sabia por onde começar, mas tinha de ser rápido.

— Escutem, se me ajudarem com os lares, vou deixar essa passar. O que acham?
— E vamos sair das trincheiras? — Um deles questionou com um olhar desconfiado. — Também estamos há uma semana cavando trincheiras nos Campos de Marte.

Cole revirou os olhos, bufou e pensou um pouco antes de responder. Não acreditava que estava barganhando com duas crianças que mal pareciam ter saído das fraldas.

— Claro. — Respondeu com rispidez.

Estava mentindo. Não tinha poder algum para designar tarefas aos outros, no entanto, as treze linhas de anos de serviço tatuadas em seu braço conferiam a ele um certo tipo de respeito dos probatios. Com pouco esforço, convenceu-os a segui-lo acampamento adentro. Um gêmeo correu para a direita sentido as Casas de Banho, o outro para a esquerda até os numerosos quartéis enquanto o legionário seguiu reto, para o centro de principia.

O lugar estava praticamente deserto, alguns campistas desavisados transitavam com charretes recheadas de utensílios antes de seguir para a cidade. Goodwin conseguia sentir uma dor de cabeça só de pensar na bronca que ele e os demais levariam dos senadores se os lares atrapalhassem o festival. Até que, de repente, seus olhos alcançaram uma figura inusitada em pé no meio da Principia. Era um menino muito magro vestindo um uniforme antigo de guerra, carregando consigo uma alabarda de aço, com os olhos penetrando o céu acima dele. Nada parecia tirar sua atenção do que tinha lá em cima, Cole olhou também mas tudo o que viu foi um aglomerado de nuvens barrando o sol e neve, muita neve despencando até o chão.

Ele deu uma boa olhada no desconhecido, tentando reconhecê-lo de alguma das coortes. Tinha um rosto fino, olhos puxadinhos e um cabelo preto caído sob a testa em uma franja. Havia em seu uniforme algumas medalhas de honraria, mas uma em particular era um broche de uma águia. Ele também suava bastante e pareceu não se importar com Cole.

— Qual o seu nome? — Perguntou o filho de Netuno, um pouco distante.

O outro garoto piscou e saiu do transe em que estava, engolindo em seco. Olhou atentamente para o legionário ao seu lado e deu um sorriso fraco, estava tão pálido que parecia passar de algum mal estar.

— Eu não posso parar... eu não posso parar... — Arfou em cada palavra. — Preciso... proteger... o meu... povo.
— Do que tá falando? — Cole estava confuso.
— Agora eu o vejo... ele é... perfeito em todas... todas as formas.

E voltou a olhar para o céu, inerte, preso nos próprios devaneios. Antes que o meio-sangue pudesse sequer compreender aquele enigma, uma coisa aconteceu logo em seguida. O menino suou bastante e teve algum tipo de crise de asma, caiu de joelhos no chão e largou a arma após perder a força do corpo. O seu rosto caiu de lado, com os olhos fechados, sem respirar. Goodwin correu para acudi-lo, mas ao se agachar e tocar as costas do outro, ele voltou a se levantar e tomar posse da alabarda mais uma vez. Como se nada tivesse acontecido, estava novamente a encarar o céu, murmurando as mesmas palavras.

Passado cerca de um minuto, tudo se repetiu como em um looping sem fim. Caiu, levantou e caiu novamente, morrendo mais duas vezes até o campista entender com o que estava lidando. Era um dos lares, um que nunca tinha visto rodando pelo acampamento, julgou que pelas vestes tinha servido na Segunda Guerra. Ele não estava encarando o céu, mas sim o sol, revivendo sua morte intermináveis vezes. Antes que acontecesse mais uma vez, Cole institivamente se pôs na sua frente, cara a cara.

— Você nos protegeu bravamente — Disse, usando as primeiras palavras que vinham em mente. — Cumpriu a sua missão. Descanse!

Nada, nem mesmo uma piscada diferente. Ainda que não estivesse morrendo de fato, assistir a criatura presa em um tormento interminável era desconfortável para o semideus. O lar despencou no chão novamente, passado alguns segundos, se ergueu usando a arma de apoio.

— Já chega! — Sem saber o que fazer, Cole tirou a alabarda de sua mão e a jogou longe.

De repente, o espírito pareceu ter despertado do transe. O seu rosto já não estava mais suando e todo o seu corpo tomou uma forma intangível, sua expressão era muito mais humana do que antes e ele flutuou ao redor de Cole, agradecendo-o.

— Obrigado por me libertar. Eu me chamo Kasinski, prole de Juventa, legionário da Terceira Coorte antes de minha morte. Se quer saber, morri por insolação ao pisar nestas terras durante a guerra.

Cole respirou aliviado.

— Sabe o que tá acontecendo com o resto de vocês?
— Pra ser sincero, não. Apenas que eu estava prestes a impedir outro de afugentar os animais dos estábulos, quando fui pego por esse transe.

O coração de Cole disparou. Se havia alguém soltando os cavalos, seria um problema muito maior para levá-los de volta aos estábulos. Olhou para o relógio em seu pulso e apertou o botão na lateral. O ponteiro saltou para fora, tomando a forma de uma gládio de ouro. Ele não pretendia usá-la contra ninguém, nem mesmo espíritos, sabia que não surtiria efeito algum, mas torceu para que pudesse intimidá-los. Correu tão rápido que em poucos segundos avistou os estábulos ao sul de Principia. Tinha feno, bacias de água e rações espalhadas pelo chão do lado de fora e os equinos relinchavam muito.

Ao entrar, tinha uma mulher estranha atiçando os animais dentro das porteiras, jogando alguns objetos e os assustando. Ela tinha cabelo loiro até os ombros, usava um vestido lilás e tinha a pele branca como a neve caindo do lado de fora, seus olhos estavam borrados de preto como se tivesse chorando muito. Quando o meio-sangue se aproximou com a espada em mãos, ela gritou e se afastou, chorando ainda mais. O seu grito era ensurdecedor e o fez largar a arma para tampar os ouvidos, sentindo muita dor.

Cole se concentrou, tentando ignorar os próprios pensamentos tristes. Lembrou-se dos cabelos acajus da mãe refletindo o sol e do barulho da água batendo contra o casco das balsas em Seattle. Estufou o peito e gritou de volta, usando uma de suas habilidades, a voz de poder herdada do pai.

— VÁ EMBORA DAQUI!

De repente, o espírito foi afugentado, flutuando para longe até a orla da floresta. O filho de Netuno escutou apenas zunidos por alguns minutos enquanto se recuperava, encostado em uma das porteiras, pensando no que tinha acabado de enfrentar. Levantou-se, com a audição voltando ao normal e ouviu os relinchos. Um a um, Cole apalpou a crina dos cavalos agitados, proferindo um canto antigo que tinha aprendido quando mais novo, em latim. Não sabia se funcionaria, mas aquele canto sempre o acalmava em momentos ruins. Os gêmeos chegaram de supetão, apontando as espadas de madeira no ar, prontos para uma boa briga.

— Ouvimos gritos! Pra onde foi o bicho?
— Fugiu... e não era um espírito comum. Ela parecia muito forte. — Cole murmurou, conversando consigo mesmo. — Acharam mais algum?

Eles balançaram a cabeça para os lados, em negação. Cole tomou Aurea para si novamente e, ainda cambaleando devido ao dano nos ouvidos, saiu para fora dos estábulos. Ele sabia que, cedo ou tarde, teria de rastrear aquela criatura e dar um fim nela de uma vez por todas, não queria mais nenhum campista ou animal sendo atacado. Havia no meio-sangue um pouco de duvida se deveria ou não contar aos superiores sobre o monstro, preocupá-los e acabar prejudicando o festival. Ele sabia que durante as festividades, os monstros se tornavam muito mais ativos, sedentos por semideuses, mas nunca tinha ouvido falar sobre espíritos invasores. Decidiu, por fim, deixar em segredo até que o Agonália chegasse ao fim, mas passaria o restante do dia de guarda no acampamento.

Ao menos, Nova Roma estaria segura dentro da Linha Pomeriana. Torcia para isso.

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Mensagem por Netuno Sáb Fev 18, 2023 4:33 pm

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Valor máximo a ser recebido: Fantasmas palpáveis – 2.000 XP e dracmas/denários + 20 fragmentos
Criatividade: Habilidade de capturar a atenção e inovar na narrativa. ㅡ 30%
Realidade: Realidade do Enredo e das Ações nele descritas. ㅡ 45%
Escrita: Organização, gramática e coerência do texto. ㅡ 25%

Cole Goodwin
Criatividade: Habilidade de capturar a atenção e inovar na narrativa. ㅡ  30%
Realidade: Realidade do Enredo e das Ações nele descritas. ㅡ 45%
Escrita: Organização, gramática e coerência do texto. ㅡ 25%
Total: 100%
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