· St. Mungus — Stormi's Infirmary

A ENFERMARIA.

Localizando-se na ala médica reservada especialmente para o Acampamento Júpiter, a enfermaria de Stormi é uma construção moderna com paredes tingidas de um azul escuro fosco que conta com um amplo espaço aberto para a recepção de eventuais mascotes. A entrada conta com portas-duplas de vidro reforçado que se abrem através de um mecanismo de aproximação, dando espaço para a recepção e área de espera. Em seu interior, as paredes contam com uma decoração em azulejos branco-azulados, geralmente enfeitadas com quadros de pinturas feitos pela própria curandeira. Há um balcão de atendimento onde a filha de Afrodite costuma organizar os pormenores de curas, como livros instrucionais e registros. Cadeiras estofadas e confortáveis são espalhadas pela área de espera para maior conforto de seus pacientes e/ou acompanhantes.

A enfermaria também conta com outros três cômodos que se seguem a um corredor adjacente à sala de recepção. O primeiro é o quarto de repouso, que conta com cinco leitos, onde seus pacientes são enviados após procedimentos para recuperarem as energias e, como o próprio nome já sugere, repousar. As paredes são igualmente decoradas com azulejos branco-azulados e com pinturas enquadradas, mas também há a presença de algumas plantas de aroma medicinal que ajudam na reabilitação de seus pacientes. A segunda sala é o consultório de Stormi, onde a curandeira atende casos menos graves e de menor urgência. Conta com uma maca para exames encostada à parede dos fundos, adornada por mesas com instrumentos e um balcão com gavetas em cuja superfície resta esculturas de esqueletos anatômicos e de musculaturas, bem como alguns livros. Há duas cadeiras confortáveis de frente à mesa da curandeira e sua poltrona. A terceira sala trata-se do cômodo de procedimentos cirúrgicos, onde a maioria dos casos são enviados num primeiro momento. A sala é equipada com tudo que a curandeira precise em seu trabalho, bem como a mesa cirúrgica.

A CURANDEIRA.

Stormi é filha de Afrodite e, consequentemente, grega, mas resolveu estabelecer sua enfermaria no Acampamento Júpiter por ter grande apreço pelo local. É uma garota de traços delicados porém com bastante força de vontade. É calma e pacífica, muito embora essa imagem possa disfarçar com exatidão sentimentos mais fortes e mais negativos, de forma que nunca se sabe quando ela está realmente apta a atacar. É dedicada ao trabalho e muito ávida de conhecimento sobre a área na qual atua, derramando todo o amor que uma filha de Afrodite pode ter na profissão a qual seguiu. É prestativa e muito educada e receptiva, de forma que tudo e todos são bem-vindos em sua enfermaria. Apesar de sua falta de memória e conhecimento sobre si mesma e seu passado, a semideusa faz um trabalho incrível.

AS REGRAS.

• É necessária a postagem ON para que a cura seja efetuada. A enfermaria não funciona como laboratórios de magia ou forjas, uma vez que os procedimentos serão feitos em cima do seu personagem e ele precisa estar presente. Dessa forma, peço que realizem postagens que não sejam flood, com um mínimo de 7 linhas.

• O limite de atendimentos é de 5 por vez, uma vez que a capacidade de leitos dentro da área de descanso e repouso é de 5.

• Ao fim do seu post, peço que coloquem um resumo da condição do personagem. O que o levou até ali? Utilizou poderes demais, fraturou algum osso, possui algum ferimento profundo, foi picado por insetos mágicas...? Sejam específicos para que o procedimento possa ser efetuado da melhor maneira possível.

• Assim que o post for feito, possuo um prazo de 4 dias para efetuar a cura. Tentarei ser o mais rápida possível, quando der, mas sejamos compreensivos.

A revista pop em suas mãos demarcava os maiores sucessos do cinema daquele ano e Stormi a lia com avidez; seu interesse por aquele tipo de coisa era grande demais, sendo presente em sua vida desde que havia acordado sem memórias de mais nada além do próprio nome e de sua origem divina. Distraía-se, já que o movimento da madrugada era o mais tranquilo — dera a sorte de pegar seu primeiro plantão na enfermaria nova em folha naquele horário —, e a filha de Afrodite dificilmente achava que algo de estrambótico pudesse vir a acontecer. Estava errada, é claro, porque onde havia semideuses, também havia perigo, e lutas, e, consequentemente, ferimentos.

A garota que adentrou o hall de recepção da St. Mungus era baixa — bem mais baixa que Stormi, céus! —, de cabelos negros e olhos igualmente escuros, com uma pele pálida e traços do extremo oriente. Estava um tanto suja e maltrapilha, o que não surpreendeu a filha de Afrodite de todo; geralmente, os pacientes que adentravam as enfermarias, desde os dias que não havia sido adotada por Esculápio, encontravam-se naquele estado. Ela provavelmente havia saído de uma luta, e, pelo que os olhos rápidos da curandeira puderam captar antes mesmo que a garota falasse, estava bastante machucada.

— Claro, claro! Por favor, me siga! — Stormi adiantou-se, guiando a recém-chegada pelo corredor adjacente até a sala de procedimentos. Ajudou-a a deitar-se na maca com cuidado, os olhos já percorrendo as partes visíveis do corpo da semideusa. — Me chamo Stormi e vou te ajudar. Qual é o seu nome?

A garota apresentava várias escoriações ao longo do tecido dérmico do braço, e o pouco que podia ver de seu torso pelas roupas rasgadas, também havia ferimentos em seu tronco. Nenhum desses era grave, apesar de que precisavam ser limpos e desinfectados. Contudo, havia uma lesão especialmente profunda no braço esquerdo de sua paciente, com pele dilacerada e tecido morto nas bordas. O odor pungente que subia era ácido e forte, o que indicava uma perfeita infecção por envenenamento da região. Suas habilidades e conhecimentos indicavam que a substância que havia atingido e entrado em seu corpo através daquele ferimento já havia chegado em sua corrente sanguínea, mas Stormi também via resquícios de plantas sobre a pele, o que também indicava que o veneno havia sido retardado por ervas medicinais.

Descobriu que a semideusa chamava-se Poppet e que era filha de Nix, mas também uma feiticeira da deusa Circe. Stormi sempre ficava nervosa ao imaginar-se atendendo gente importante em sua enfermaria, mas, ao ver-se diante do procedimento, viu que a calmaria e a sensatez fora da pressão haviam permanecido consigo. A filha de Afrodite assentiu para a breve história que sua paciente havia relatado, ainda mantendo fortemente seu grau de consciência apesar da dor. Foi então que, tocando nos ombros de Poppet, a curandeira espalhou o estado de analgesia por seu corpo para que a sensação excruciante se perpetuasse. Pela respiração acalmada da bruxa, a semideusa pôde perceber que seus poderes haviam funcionado.

Retirou um bisturi de dentro de sua maleta e utilizou-o para retirar o tecido morto e necrosado da lesão profunda. Com um olhar mais atento, percebeu que somente as várias camadas de pele haviam sido laceradas naquele golpe, e que a musculatura por debaixo estava intacta. Aquilo era bom, significava que a recuperação seria mais rápida e menos dolorosa. Stormi reuniu todo o tecido necrosado, com aquela consistência preta e pútrida, em um recipiente para descarte.

— Isso talvez incomode um pouco, Poppet, mas vou precisar drenar seu sangue para retirar o veneno da corrente sanguínea — avisou, preparando-se para utilizar sua habilidade sobre o controle de sangue. A mão que pousava no braço da outra semideusa já conseguia sentir em exatidão a corrente pelas veias e artérias, movimentando-se e bombeando. Aos poucos, sua habilidade tornou-se ainda mais presente naquele fluxo sanguíneo, a concentração de Stormi ajudando-a a separar o que deveria ficar e o que deveria sair. O veneno escorreu de pouco a pouco pelo ferimento, deixando o sangue límpido outra vez. Depois disso, a curandeira utilizou antisséptico para higienizar a região e, ainda tocando-lhe, seus próprios poderes para livrar a região de infecção.

Ainda naquele ponto, a filha de Afrodite buscou agulha, linha e pinças para realizar a sutura da região, passando os pontos na pele e a juntando para que pudesse ter uma cicatrização melhor. De pouco a pouco, e após oito pontos bem presos, a carne juntou-se e Stormi, mais uma vez, utilizou de seus poderes para performar uma reconstrução dérmica. A carne juntou-se e fundiu-se em um ritmo constante, muito embora a curandeira ainda visse necessidade de deixar os pontos pelo menos até o dia seguinte, quando o machucado estivesse completamente sarado.

— Vou precisar retirar sua blusa para limpar o restante dos machucados, certo? — avisou a filha de Nix, e, tão logo adquiriu permissão da paciente, a despiu da peça de roupa superior. Teve maior ideia da proporção dos machucados menores, e, um a um, limpou a todos com antisséptico. Não havia sangramento, e, com uma boa dose de descanso e de néctar, tudo voltaria ao normal. Stormi terminou aquele procedimento e afastou-se em direção ao balcão para buscar Ambrosia. Trouxe um copo de alumínio cheio pela metade com o líquido e ofereceu-o à feiticeira. — Você deve tomar essa porção agora, e deve ficar para descansar — instruiu, enquanto a paciente ingeria o tônico feito especialmente para a sua raça semidivina. — Amanhã deverá tomar uma segunda dose e estará cem por cento de novo.

A garota de cabelos negros assentiu e Stormi ajudou-a a vestir-se com roupas limpas e novas — batas de hospital, afinal —, e, em seguida, guiou-a até o quarto de repouso. Estava sozinha ali, então teria uma boa noite de sono.

CURA — POPPET KANG;
Diagnóstico: Lesão profunda em tecido cutâneo, risco de choque por envenenamento, lesões leves em membros superiores e torso.
Procedimentos: uso de analgesia para controle da dor, limpagem e desinfecção de ferimentos, drenagem de veneno do sangue, sutura e reconstrução de tecido epidérmico.
Atualização: ( • ) MP / ( • ) HP.
Registro do paciente: Aqui.

PASSIVAS DOS CURANDEIROS:

ATIVAS DOS CURANDEIROS:

Quando Stormi percebeu que Ben, seu colega curandeiro, não estava em condições de se cuidar sozinho, já tendo feito um procedimento no próprio namorado anteriormente, a filha de Afrodite insistiu em levá-lo da Enfermaria Geral do Acampamento Júpiter para a sua própria enfermaria, para que ela mesma pudesse lhe ajudar a se recuperar. Apesar de ter trabalhado ali em seus primeiros dias, a garota grega já havia se acostumado à atmosfera de seu próprio lugar e conseguia se sair muito melhor em um ambiente que sabia pertencer a si. Desse modo, a morena o auxiliou a deixarem o local e dirigirem-se ao St. Mungus, que não ficava muito longe. Insistindo veemente, Martin os acompanhou.

— Você deveria permanecer descansando pra se recuperar completamente, Martin — a garota repreendeu o filho de Ares, lançando um olhar feio para seus exageros com relação ao “seu Mandrake”. — E não, não pode carregá-lo até lá, ou vai piorar o quadro dele. Se forem realmente costelas quebradas, é melhor que ele caminhe até lá. — Mas, apesar das represálias e do tom até que autoritário no que dizia respeito ao bem estar de seus amigos, Stormi até que os achava fofos e se sentia revitalizada pelas demonstrações de afeto entre ambos. Culpa de sua ascendência divina, tinha certeza; Afrodite a fazia ser assim.

Tão logo chegaram à enfermaria da prole do amor, Stormi guiou Ben até a sala de procedimentos para que pudesse tratá-lo da melhor forma possível. Martin tentou segui-los naquela direção também, mas antes que pudesse entrar na sala, a garota o impediu, tapeando repetidamente a ponta do pé no chão e de braços cruzados.

— Não, Martin, você não pode entrar. Não agora. — Ela apontou para a sala da frente, onde havia cinco leitos vazios para descanso. — Espere ali dentro. Já que veio pra cá, é melhor ir descansar. O Ben vai ficar com você ali num instante, só preciso montar os ossinhos dele de novo.

Assim que o namorado de seu paciente se afastou para o quarto de repouso, Stormi pôde, enfim, se voltar para a sala de procedimentos e dar a atenção que o colega de grupo merecia. Ben-Hur havia se sentado sobre a maca e havia despido a camisa, deixando à mostra o inchaço e a roxidão na lateral do tronco, bem sobre as costelas esquerdas. Um olhar de censura foi dirigido ao filho de Deméter, como quem diz que “você deveria ter vindo aqui antes de tudo pra cuidar disso”, mas não o repreendeu em voz alta, pois sabia que o impulso de qualquer curandeiro diante de uma situação como a que ele estava com Martin teria agido daquela forma — o bem estar do outro na frente de qualquer coisa. Stormi levou as mãos ao tronco do amigo e pousou a palma sobre a pele quente, espalhando a energia analgésica para livrá-lo da dor. Percebeu a respiração melhorando à medida que a dor ia sumindo, e aquilo já era ótimo para si, mas finalizou somente quando nenhum resquício de dor ao toque era refletido nas expressões faciais do outro curandeiro.

— Vamos ver agora o estado desses ossos — disse a filha de Afrodite, retirando as mãos de sobre o local para concentrar-se na visão. Os olhos perderam o foco por um segundo antes de voltarem a se concentrar, dessa vez com a habilidade que a permitia enxergar além dos tecidos moles para alcançar os ossos. A visão de raio-x permitia que Stormi visse com clareza todas as costelas daquela área, de forma que conseguiu ver as fraturas em três delas. Não eram grandes e não chegavam a ser exatamente graves, mas sabia o quão dolorido e incômodo podia ser um osso partido. — É, tem um estrago bom aqui. Mas vou ajeitar.

Fazendo a mão pairar sobre o local do inchaço, Stormi concentrou-se em manipular o tecido ósseo que havia sido danificado. Concentrou-se nas fraturas para fazer a osteogenia agir de forma mais acelerada e eficaz, a fim de “colar” os fragmentos desunidos, embora tão totalmente quebrados. Fez isso primeiro com uma, depois com a de baixo, e posteriormente com a última delas, observando como o inchaço havia diminuído exponencialmente na pele sobre a região, muito embora a marca roxa fosse permanecer por algumas horas além.

— Pronto, agora você precisa disso — a garota se afastou rumo ao armário onde guardava os frascos com ambrosia e néctar, e rapidamente fez uma mistura energética para revitalizá-lo e energizá-lo. Misturou-os num copo limpo de vidro e voltou até onde Ben-Hur se encontrava para entregar. — E não, você não estará livre até a hora do almoço. Vai ter que descansar por algumas horas, então vão ficar aqui. Você e Martin, claro.

Depois daquilo, Stormi o guiou para fora da sala de procedimentos até o quarto de descanso, onde o instalou na maca ao lado de Martin. Certificou-se de que ambos estavam muito bem confortáveis ali e os fez garantir que ficariam até que ela os liberasse, depois que bebessem outra dose de ambrosia ao fim do descanso. Depois disso, a filha de Afrodite voltou à sala de procedimentos e preparou uma mistura para si mesma, bebendo-a continuamente até que se findasse.

Estava em fim de expediente e agora podia ter um descanso merecido, embora fosse permanecer por ali para aguardar até a hora que iria liberar os rapazes. Mas não mais iria trabalhar, já que o movimento estava baixo e havia outros curandeiros de plantão no acampamento. Stormi retornou à recepção e deixou-se restar sobre a poltrona confortável, afundando no estofado terapêutico e se permitindo fechar os olhos para descansar e restaurar sua própria energia.

CURA — BEN-HUR B. JUNIOR;
Diagnóstico: Costelas fraturadas, desgaste energético.
Procedimentos: Aplicação de analgesia, realocação óssea, ingestão de ambrosia e descanso no local.
Atualização: ( • ) MP / ( • ) HP.
Registro do paciente: Aqui.

CONSIDERAÇÕES:

PASSIVAS DOS CURANDEIROS:

ATIVAS DOS CURANDEIROS: