[MVP Autonarrada] Adelaide VS. Harpia

• [N] = [Normal], indicando o dano base quando a harpia não está voando.
• [V] = [Voando], indicando o dano base quando a harpia está voando.
• Quando usando habilidades, o dano será indicado no calculo ao final da postagem do MVP em si.
• A redução de dano da harpia é de 30, após aplicar o bônus de 20% na constituição.
• Os valores nos calculos já indicam os valores de dano da harpia após a aplicação dos passivos Corpo que Tudo Mata e Voo Perfeito.
• Adelaide reduz dano em 25HP devido aos 2 pontos em Constituição. Portanto, os danos fínais de ataques básicos são:

Dano das garras: 83 - 25 = 58 [N] / 95 - 25 = 70 [V].
Dano da bicada: 78 - 25 = 53 [N] / 90 - 25 = 65 [V].
Dano da mordida: 78 - 25 = 53 [N] / 90 - 25 = 65 [V].

• Para facilitar a vida do narrador, os danos sofridos pela harpia quando Adelaide acerta seus golpes são:

Flechas: 95 - 30 = 65.
Punhal: 75 - 30 = 45.
Soco: 50 - 30 = 20.

• Adelaide possui 130 de HP/MP ao iniciar a luta e a harpia possui 150 de HP/MP, considerando ambas nível 3.

Observações Iniciais:

Os treinamentos de Combate a Monstros que fazíamos, com relativa frequência, nunca eram algo fácil — principalmente para uma recém-chegada no Acampamento Júpiter. Como o objetivo era nos preparar para situações reais de combate, eu imaginava que era mesmo o melhor cenário: algo que nos desafiasse e fizesse com que evoluíssemos. Naquele dia, teria que enfrentar uma harpia para compreender o combate contra uma criatura alada que tentaria usar sua vantagem contra mim ao máximo. Além do meu arco, havia conseguido um punhal de Ouro Imperial para manuseio unicamente naquela situação, uma vez que não era incomum que armas fossem emprestadas para fins de treino. A arma era razoavelmente balanceada, porém ainda sim sentia que era diferente de uma arma projetada para mim. Deixei-a na bainha presa ao cinto da calça para o caso de precisar usar para me defender.

Quando o holograma da harpia foi projetado na minha frente, já estava em posição e com o arco nas mãos com uma flecha já posicionada. Precisaria trabalhar com aquilo nos próximos dias em caráter urgente, afinal apenas saber onde atingir monstros não era suficiente para realmente conseguir me safar em uma situação real. Respirei fundo para limpar minha mente e comecei a puxar a corda do arco, observando a harpia voando a uma altura de pelo menos de um dez metros. Sabia que a criatura me analisava e estudava, tentada encontrar alguma coisa na minha aparente indecisão em ataca-la. Puxar a corda do arco e disparar contra a galinha gigante não foi fácil – meus músculos gritavam com o esforço, apesar das roldanas da arma facilitarem bastante aquela ação. No entanto, era importante ressaltar que eu não havia planejado de nenhuma forma o ataque e nem feito os cálculos necessários para funcionar direito.

O disparo não foi preciso e apenas pegou de raspão em uma das coxas da ave, fazendo a criatura derramar um pouco de sangue de monstro. Pude ver alguma raiva em seu olhar e, apesar da dor, vi-a se movendo no ar. O movimento consistiu em se erguer um pouco para trás enquanto se movia para trás, antes de se lançar contra mim em uma investida alada. Suas garras afiadas encontraram meu braço esquerdo – que ficava na frente devido a posição que adotei para manusear o arco – quando tentei me esquivar do ataque, porém não penetraram tão profundamente quanto poderiam. Apesar de não ser tão profundo quanto o monstro tinha planejado, sentia o sangue escorrendo da ferida pelo braço e minha tentativa parcial de esquiva não havia sido tão bem sucedida quanto eu desejava.

— Não vai demorar muito tempo antes de eu te comer.

Ameaçou com uma voz esquisita e, apesar daquela porcaria ser um holograma, não causava a mesma sensação de ser uma em meu corpo. Parecia uma mistura de voz humana com o som esquisito que as galinhas faziam – seja lá como se chamasse. Nossos olhos se encontraram quando me virei e sentia a dor ardente do ferimento. Graças aos deuses, no entanto, a adrenalina e instintos de combate estavam se juntando para impedir que aquilo me impedisse de continuar a lutar. O treinamento de Lupa também havia auxiliado naquela parte: se machucar não era incomum e alguns ferimentos não impediriam ou reduziriam a cobrança que teríamos de enfrentar. Realmente a treinadora nos empurrava de encontro aos nossos limites e nos fazia sempre buscar nos superar, uma vez que apenas os fortes seriam enviados para junto dos romanos.

—Você pode tentar.

Recuei alguns passos para tentar tomar distancia enquanto planejava o próximo disparo com um maior cuidado. Sabia que a melhor maneira de enfrentar seria ferir as asas da criatura para que não pudesse mais voar. Seria mais difícil causar esse tipo de ferimento, porém me parecia ser a melhor opção se não quisesse ter problemas feios com os próximos ataques. Quando coloquei a próxima flecha no corpo da arma, tentei sintonizar minha respiração com o ato de puxar a corda e disparar a flecha. Senti o movimento forçar o braço machucado e o monstro não pareceu muito decidido a ficar parado. Isso fez com que precisasse ajustar o disparo enquanto tentava me preparar para esquivar de qualquer ataque da harpia. O disparo pegou em sua perna, perfurando um pouco e permitindo que ficasse preso, porém me deixou um pouco mais desprevenida contra o ataque real. Uma chuva de três penas voou em minha direção, cortando meu corpo em três pontos diferentes e fazendo o sangue espesso escorrer de mais pontos de meu corpo. Achei que a dor havia se originado da minha coxa, de uma das panturrilhas e achava que outro veio de ombro.

O sangue havia alcançado minha mão, fazendo que segurar o arco fosse difícil. Disparar com a arma? Ainda mais complicado. Talvez fosse aquilo que tenha me feito errar o ataque seguinte e acabei me atrapalhando na hora de tentar me esquivar da harpia. Mas havia sido isso que me salvou no fim das contas, porque quando cai por ter embolado os pés acabei não sendo atingida novamente pelas garras do monstro. Os deuses teriam sido generosos ou havia apenas sido uma falha de planejamento? Fosse o que fosse, havia me salvo minha vida para que pudesse respirar novamente e tentar me recuperar da situação. Havia me fornecido mais uma oportunidade de tentar sair com vida daquele maldito combate — porque minha mente havia esquecido que a situação era controlada e que os instrutores não deixariam ninguém morrer ali.

Foi naquele momento que notei que estava sentindo a vida se esvaindo do um corpo devido à perda de sangue e aos ferimentos, muito superiores ao que eu poderia tolerar normalmente. Em um último esforço hercúleo, tentei disparar uma flecha contra a harpia enquanto a visão escurecia e meu foco se fechava. Provavelmente estava desmaiando devido aos ferimentos, afinal mesmo com um surto de adrenalina não éramos nem de longe imbatíveis. Também havia uma gigantesca diferença entre treinar seus instinto e reflexos, se esquivando como podia dos ataques e manobras, a estar preparado para um treino de combate mais intenso como aquele no qual eu havia decidido participar. Não saberia dizer se havia conseguido, de fato, atingir o alvo ou como viria a acordar na enfermaria horas mais tarde. Só havia uma coisa que eu tinha certeza: era melhor ficar com os fantoches nos próximos treinos.

Cálculo de Danos:

Itens Levados:

Passivos:

Ativos: