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Dormitório Feminino

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Mensagem por Afrodite Sáb Dez 28, 2019 5:34 pm

Dormitório Feminino
God's Ichor
O dormitório feminino encontra-se no primeiro andar da V Coorte, tendo ao seu dispor cinco quartos muito bem organizados e equipados com tudo o que os semideuses necessitam. Decorado com tapeçarias em um tom de verde musgo profundo, traz quadros com representações paisagísticas diversas, e suas paredes também são decoradas com espólios de guerra das legionárias que servem àquela legião. Cada quarto é equipado com cinco beliches, e também possuem armários seguros e com trancas mágicas que só abrem diante de uma senha por reconhecimento de voz de seu possuidor. Também é equipado com um arsenal particular onde as semideusas podem guardar suas armas e itens de combate.

RISCO DE APARECIMENTO DE MONSTROS: PRETO
Afrodite
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Mensagem por Maxwell Wittels. Deverich Dom Mar 08, 2020 1:18 am


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Maxwell estava ciente de que, quando aceitasse o cargo de centurião, tornando-se líder de sua coorte, as batalhas heróicas e míticas não seriam a única coisa no pacote; os trabalhos burocráticos estavam presentes no seu dia a dia e eram, certamente, a coisa que mais o fazia se irritar e se tornar cada vez mais ranzinza. Era difícil que alguém como ele, que sempre tivera o trabalho sujo sobre as costas, se acostumasse com uma parte mais "mesária" da vida legionária, mas aos poucos estava se adaptando à vida como líder. Para o próprio bem.

Havia recebido dos seus pretores uma papelada a qual preencher e uma missão súbita para resolver. Maxwell sabia que podia contar com os legionários de sua coorte, pois eram bem treinados e muito sensatos em suas escolhas. Por isso ele decidiu passar a missão para alguém sob o seu comando e resolver de uma vez a parte definitivamente mais chata da questão. O problema era que o Deverich não fazia ideia de quem escolher até o momento em que se encaminhava para o interior do prédio da V Coorte, onde não mais residia, apesar do cargo.

Matutava sobre os melhores guerreiros e guerreiras que já havia presenciado estando sob o regimento da quinta coorte quando passou em frente ao dormitório feminino. A porta entreaberta deu a Max a visão das madeixas loiras que sabia reconhecer até de longe. Teve de voltar um passo apenas para vislumbrar Ciela novamente, provavelmente arrumando a própria cama àquela hora da manhã. Os botões do centurião funcionaram de modo muito rápido ao cogitar entregar aquela tarefa importante nas mãos da filha de Arcus — ela certamente tinha muito potencial em si, mas Maxwell ainda a via como uma menina que estava aprendendo sobre o mundo. A dúvida durou apenas o tempo que ele levou para bater na porta entreaberta com os nós dos dedos, anunciando sua chegada.

Ciela Jung — chamou de forma séria, afinal, aquele era um assunto sério. Ele aguardou que a garota se aproximasse diante do som de sua voz para poder falar e explicar a situação da melhor forma possível, mesmo não sendo muito dado às palavras. — Há uma missão para você. Você deve ir à Nova York, onde um semideus grego irá lhe esperar. Ele a conduzirá a uma entrega que deve fazer na Amazon, para a rainha das amazonas, e após isso você... — Interrompeu sua explicação na metade ao observar o semblante fechado da loira, tão diferente do poço de energia e luz extremamente irritantes que costumava ser. Maxwell ergueu uma sobrancelha. — O que houve?
— w. ciela // ALOJAMENTO FEMININO
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Mensagem por Ciela Jung Dom Mar 08, 2020 9:19 am


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Ciela respirou fundo buscando coragem para sair da cama aquela manhã. Estava exausta. Não dormia direito desde o treino com Max e a esposa. Sentia-se culpada. E a culpa que parecia consumi-la de dentro para fora era boa o suficiente para sequer lhe permitir ter uma noite de sono tranquila, já que naquela altura da situação, havia cogitado ir até Nova Roma e procurar a mulher grega para dizer que o homem a havia beijado e que sentia muito que ele não tivesse um pingo de decência. Mas sabia que sendo só uma legionária, poderia sofrer alguma retaliação de seu superior. Talvez até da própria mulher, não que nesse caso fosse culpa-la.

O dormitório foi ficando cada vez mais vazio, até só sobrar ela, que ignorou as provocações acerca de ser preguiçosa e um peso para a legião. "São só mais quatro anos. Eu consigo", o pensamento era para se encorajar a permanecer ali pelos anos que faltavam para que ela terminasse seus serviços para com o Júpiter. Depois poderia fazer o que quisesse. Levantou-se e trocou o pijama por jeans surradas, manchadas de tinta colorida, e a blusa roxa do Acampamento. Penteou e prendeu o cabelo, cuidadosamente arrumando sua cama até que estivesse impecável. Percebera que algumas das meninas não haviam feito o mesmo, mas antes que pudesse fazer o mesmo com as camas delas, ouviu batidas na porta.

Ter encontrado com o próprio Plutão ou Leto teria sido menos assustador. O arrepio que percorreu suas coluna e a agitação em seu estômago pareciam um reconhecimento claro de seu próprio corpo sobre o quanto era patética. Ela se dividiu entre tentar se explicar por seja lá o que tivesse feito e se aproximar dele. Acabou permanecendo calada, caminhando para perto do centurião com a postura ereta. Estava chateada. Tão chateada que possivelmente choraria quando ele a deixasse sozinha. Vê-lo era uma constante lembrança de que estava apaixonada por alguém que nunca "seria seu". Mas havia raiva também. Raiva por ele sequer ter lhe dito a verdade e agir como se não houvesse nada ou ninguém em sua vida. Havia sido só a droga de um selinho, sabia disso. E se odiava por isso.

Apesar do turbilhão de sentimentos, manteve-se assentindo quando ele lhe indicou que havia uma missão. Ele estava ali a trabalho e aquilo a acalmou um pouco, mas ainda estava exausta. E havia também a pergunta: por que ela? Havia tantas legionárias melhores do que ela. Mais fortes, mais espertas, mais rápidas, mais preparadas. Ela devia ser a única opção que lhe sobrara. Como sempre. A pergunta, no entanto, a fez abrir a boca umas duas ou três vezes, sempre a fechando de novo.

Maxwell não gostava que ficasse tagarelando. Mas ele havia perguntado. Talvez apenas por educação. Mas ela devia dizer…? — Eu vi você. Na festa de dia dos namorados. Com a mesmo mulher do treinamento e com uma menininha agarrada na sua roupa. — havia alguma raiva em sua voz, mas não podia ser insolente. Não queria ser punida. — Você é casado. E tem uma filha. E você me beijou. E eu fico tentando entender porque você faria isso com qualquer uma de nós três e não tem. Porque claramente a sua esposa é mais bonita e mais forte do que eu. E a menina parece te adorar.

Ciela queria se sentar. Havia a lembrança súbita em sua mente de quando seu pai era seu herói. A pessoa mais importante de sua vida. Limpou o rosto balançando a cabeça, odiando-se por novamente chorar por causa do homem que ajudara a lhe colocar no mundo. — Por que você decepcionaria qualquer uma delas desse jeito? — abraçou o próprio corpo, respirando fundo alguma vezes, sentindo-se incapaz de falar qualquer coisa outra coisa naquele momento.
— w. Maxwell // DORMITÓRIO FEMININO
Ciela Jung
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Mensagem por Maxwell Wittels. Deverich Dom Mar 08, 2020 10:53 am


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Um Maxwell muito confuso, de sobrancelha em pé, ouviu palavra por palavra de Ciela sem interrompê-la. Encarava-a como se tentasse desvendar o mais dificultoso sistema de símbolos, e somente na metade da explicação carregada de emotividade da filha de Arcus que o centurião foi, de fato, entender o que se sucedia. A sobrancelha abaixou e ele assumiu a expressão sombria de praxe, os olhos faiscando as sombras que existiam em seu ser. Ele deixou que a legionária terminasse todo o seu discurso explicativo e fizesse sua pergunta para, então, esboçar o primeiro resquício de reação. Primeiro correu uma mão pelos cabelos negros, segurando a fúria implosiva dentro de si, os olhos ficando vermelhos pelo esforço.

Depois, ele encarou a garota à sua frente e explodiu. Uma risada tão alta e genuína que talvez tenha sido a mais real na sua vida; a primeira vez que ele esboçada algo além de suas palavras monossilabicas, a eventual cara de tédio, a tão frequente cara de quem pode arrancar a mandíbula de alguém e os tão perversos sorrisinhos de lado. Não se aguentou ao prender o som no fundo da garganta e tentar conter aquele ímpeto de rir de tamanha baboseira dita tão seriamente. A única gargalhada saiu da boca do estômago, de forma que a região ficou doendo e ele teve de pousar a mão ali ao se inclinar levemente para a frente na risada que se sucedeu, sem som algum. Completamente muda. Aquele teatro, no entanto, não durou mais que um minuto, e logo Maxwell recobrou a razão e a postura.

Deu um passo à frente, de forma que fizesse a menina recuar ao adentrar de vez o dormitório feminino. Pousou levemente a mão em seu ombro e a impeliu a se sentar em uma das camas, um resquício de lágrima ainda brincando no canto do olho esquerdo pelo esforço em não rir completamente perdido.

Não que eu deva alguma explicação da minha vida a vocêé claro que ele tinha de ser rude. E realmente não devia, mas estava fazendo aquilo ao obedecer um impulso interno. Seus impulsos internos nunca eram boas coisas, mas o Deverich já havia parado de tentar ser sensato quanto àquilo. — Hela é minha prima, e Agatha, a garotinha, é filha dela e de Hades. Sim, o meu pai. E isso faz dela minha prima de segundo grau e irmã, ao mesmo tempo. — Fez uma pausa, na qual uma careta se seguiu ao tentar explicar a árvore genealógica da família. A verdade era que Max ainda não entendia porra nenhuma e também não tinha saco pra tentar compreender. Se Hela dizia, é porque deveria ser verdade. — A última coisa que elas são são minhas esposa e filha. Mas, sim, são a única família que tenho.

Outra pausa se seguiu, na qual ele estreitou os olhos ao fitar o rosto perfeitamente oval da menina. Um braço se ergueu ao mesmo tempo que seu tronco se inclinava para a frente, o indicador tirando uma mecha de cabelo da frente de seu rosto. Ele aproximou a boca do ouvido da filha de Arcus, de modo que podia ver a própria respiração afastando fios soltos da menina.

E quando eu te beijar de verdade, você vai saber — voltou a se afastar. — Então, você aceita a missão?
— w. ciela // ALOJAMENTO FEMININO
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Mensagem por Ciela Jung Dom Mar 08, 2020 2:02 pm


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Por um ou dois segundos, considerou que levaria um tapa ou que ele simplesmente gritaria com ela. Chegou até mesmo a se encolher, esperando pela bronca. Então ele riu. A deixando completamente estática e chocada. Por acaso ela tinha cara de palhaça? Parecia que sim. Queria gritar com ele, mas algo lhe disse para ficar quieta. Talvez fosse o fato de que ele estava acima dela. Talvez fosse o fato de que gostava dele e não queria realmente chateá-lo. Fosse o que fosse, continuou parada no mesmo lugar. Estarrecida.

Acabou recuando um passo para trás quando ele deu um para frente, queria manter a mesma distância de antes. Uma distância segura de quase um metro. Mas não houve resistência de suas pernas quando ele colocou certa pressão em seu ombro, a fazendo se sentar no pé da cama, por pouco não caindo no chão.

Ciela mantinha a expressão séria e quase dura no rosto. Não se encolheu ou abaixou a cabeça. Havia momentos em que se sentia capaz de tudo e qualquer coisa. Ele a olhava de cima enquanto sua voz começava a soar rudemente. A filha de Arcus não ousou olhá-lo nos olhos, temendo perder a tão famosa paciência que possuía. No entanto, foi inevitável erguer a cabeça ao descobrir quem era o pai da pequena menina. Um deus? Um dos três grandes. Hela devia ser realmente… boa. A mente de Ciela teve um pequeno lapso ao tentar compreender como Agatha seria irmã e prima de Maxwell ao mesmo tempo.

Parecia fantástico demais para que ela acreditasse. Mas ele não tinha motivos para inventar algo tão elaborado. E qualquer mentiroso, criaria uma história mais crível. Sua prima ter um caso com seu pai e eles terem uma filha, definitivamente era elaborado demais para limpar ser usado para limpar sua barra com alguém que sequer era importante.

O que restou para a legionária, no entanto, foi engolir em seco. Sua cabeça girou um pouco quando Maxwell pareceu se aproximar dela, a raiva ainda fervilhando seu estômago, de modo que a loira cruzou os braços, mantendo-se ereta e séria. A respiração dele batendo contra sua pele provocou um arrepio nos pelos de sua nuca, de modo que a garota fechou os olhos, contando regressivamente a partir do dez. “Se você for mesmo fazer isso, apenas faça”, o pensamento a fez entreabrir um pouco os lábios, pronta para vociferar um xingamento. Mas Ciela não xingava. Olhou-o nos olhos, irritada demais para se encolher ou desviar-se do olhar intenso. — E eu tenho a opção de negar?

— Quando tenho que partir? — inclinou-se quase imperceptivelmente para frente, fechou os olhos, movendo os lábios sem sequer separar os dentes enquanto resmungava, muito baixo, de maneira quase ininteligível. — Se você não fosse me punir, eu literalmente daria um soco na sua cara agora mesmo.
— w. Maxwell // DORMITÓRIO FEMININO
Ciela Jung
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Mensagem por Maxwell Wittels. Deverich Sáb Mar 28, 2020 11:02 am


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Eram divertidas, mesmo que até de forma um pouco cruel, as reações que Maxwell conseguia arrancar de Ciela, e o modo como ela parecia extremamente afetada, mesmo que quisesse parecer durona com uma postura rígida. Mas Maxwell já havia vivido demais para aprender a ler as pessoas, e tinha uma facilidade imensa por conta de seu legado em uma deusa caótica. Não disse nada, entretanto, apenas deixando-a que ficasse quieta enquanto digeria as informações. Afinal, Maxwell sabia que não era uma pessoa fácil ㅡ estava bem longe disso ㅡ, mas também não pedia que os outros soubessem lidar consigo. Principalmente integrantes da V Coorte. Ora, era o líder deles; eles que aprendessem a conviver com a personalidade do filho de Hades.

Não, você não tem escolha ㅡ foi a resposta do centurião ao voltar sua atenção para a papelada em sua mão. Organizou as folhas soltas de forma diametral, para que não parecessem de todo a bagunça que certamente eram, e, logo em seguida, encarou Ciela. Em sua face, qualquer resquício de riso havia sumido, e ele novamente assumira a postura de líder duro e imperscrutável, o olhar gélido que somente a aura mortífera lhe dava. ㅡ Se arrume e pegue o necessário para passar, pelo menos, uma semana fora. Isso pode ser facilmente resolvido em dois dias, mas nunca sabemos que imprevistos podem acontecer. ㅡ Fez uma pausa e entortou o próprio pulso, a fim de analisar o horário no relógio de pulso que usava. ㅡ Você parte depois do almoço.

Dito isso, o legionário voltou-se para a saída do dormitório feminino, dirigindo-se à porta para que deixasse a Jung à vontade com seus afazeres e livre para se preparar antes da missão. Seus sentidos aprimorados pela cegueira, porém, captaram o comentário infeliz e quase que imperceptível escapando dos lábios da loira. As palavras alcançaram-lhe os ouvidos e lhe arrancaram mais um sorriso torto, cínico em sua essência.

Se tem vontade de falar algo, diga em voz alta. ㅡ A mão pálida tocou a maçaneta, girando-a para abrir a porta. ㅡ E eu provavelmente mereço esse soco. ㅡ Soltou o ar pelas narinas e se impulsionou para fora, deixando o local.
— w. ciela // ALOJAMENTO FEMININO
Maxwell Wittels. Deverich
Maxwell Wittels. Deverich
V Coorte
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Mensagem por Ciela Jung Dom Dez 25, 2022 11:46 pm


Now you're dead and gone
You had to be the one to let me down
Acampamento Júpiter, 18 de Agosto
Ela estava cansada, todos os dias pareciam iguais e os mesmos, se fosse honesta consigo mesma reconheceria que poderia mudar as coisas que lhe incomodavam, mas sequer tinha energia o suficiente para pensar e nem coragem para agir, lhe restando a opção de mergulhar no tédio. Aquele que vinha cheio de culpa e desgosto, mas não achava que tinha algo que pudesse fazer ou que acreditava que não tinha força o suficiente para mudar. Ela suspirou, cansada daquela linha de pensamentos. Maxwell Deverich, aquele filho da puta, a havia fodido. Literalmente. Ela terminou seus anos de serviço na legião, aqueles últimos dois anos que faltavam quando se envolveu com ele, a muito contragosto.

Tinha passado boa parte dos seus dias assim, de cama quando podia, se ressentido quando podia e sabia que não chegaria a uma conclusão tão cedo sobre ir ou ficar, também tinha consciência que era incapaz de parar o fluxo mental e as várias vozes de si mesma que ecoavam em sua mente. Incontáveis suspiros se uniam e finalmente ela descruzou as pernas e se levantou da posição que estava, horas sentada na cama encarando a parede em sua frente. Ela havia dado tudo de si para seu pai, que fora ingrato.

Fora julgada pelo tribunal e inocentada. Só para ser iludida pelo filho de Hades... ela se sentia mal sempre que pensava naquilo. Era boba e ingênua. Achava que, talvez, Maxwell a teria amado algum dia... talvez ela tivesse tido uma chance. Mas não. Ele precisava tê-la usado da forma mais baixa. Ele havia sido seu primeiro beijo, sua primeira paixão e sua primeira vez. E depois... ali estava ela. Decidida a ir para o mundo mortal. Onde as chances de o encontrar tenderiam a zero. Ou assim ela esperava. O mundo era grande demais. Poderia viver sem ele.

Iria se aposentar da legião com suas onze listras.






Ciela Jung
Ciela Jung
Filhos de Arcus
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