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Dormitório Masculino

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Mensagem por Afrodite Sáb Dez 28, 2019 5:07 pm

Dormitório Masculino
God's Ichor
O dormitório masculino encontra-se no primeiro andar da I Coorte, tendo ao seu dispor cinco quartos muito bem organizados e equipados com tudo o que os semideuses necessitam. Decorado com tapeçarias em um tom de azul escuro mais fosco, traz quadros com representações de pinturas famosas, e suas paredes também são decoradas com espólios de guerra dos legionários que servem àquela legião. Cada quarto é equipado com cinco beliches, e também possuem armários seguros e com trancas mágicas que só abrem diante de uma senha por reconhecimento de voz de seu possuidor. Também é equipado com um arsenal particular onde os semideuses podem guardar suas armas e itens de combate.

RISCO DE APARECIMENTO DE MONSTROS: PRETO
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Mensagem por Dino Sílvia Ter Mar 31, 2020 7:50 pm

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What goes up, ghost around
A manhã de segunda-feira começou de maneira turbulenta para o centurião da I Coorte. Por ter dado folga aos outros legionários, ele teve de limpar os espólios de guerra do dormitório. Uma tarefa que muitos consideravam chata ou de pouco valor, mas que para ele era tranquila e até legal. Gostava de ler as placas com as informações dos itens, o que lhe garantia mais conhecimento sobre a história da própria coorte e, por consequência, da legião. Sílvia esperava receber paz e autoconhecimento espanando poeira de objetos, mas recebeu foi dor de cabeça e estresse quando o encosto apareceu.

O fantasma criança de Dario, seu irmão gêmeo que havia morrido afogado em um acidente durante o treinamento com Lupa, apareceu para perturbar Dino. Desde sua última missão, na qual foi até o Alasca e recebeu a benção de Belona, o homem era constantemente atazanado pelo falecido que ficava em seu encalço. Ele não sabia ao certo quem era o responsável por aquilo, tampouco o intuito daquela pressão psicológica. Todavia, mesmo tendo tentado dialogar muito no início com a assombração, esta não lhe dava ouvidos ou parava. Na verdade, as implicâncias pareciam só se intensificar ao passo em que o infeliz alvo se via sem disposição para se defender.

— Ah, eu gosto dessa espada. Lembra que a mamãe mostrou ela pra gente quando éramos pequenos? — Dario puxou assunto. — A gente queria ela pra ser igual ao Ethan da história, que usou ela pra derrotar dez ciclopes sozinhos e salvar o restante da coorte de uma emboscada. Pena que você me matou e nunca pude nem tentar um ato heroico.

Dino continuou espanando a espada, sem se virar para o irmão. — Olha pra mim, tô vivo aqui e no entanto não sou nenhum herói — disse, fungando o nariz por conta da poeira.

—  Que bom, né? Nenhuma pessoa que cometeu fratricídio merece um título do tipo. — Tentou mexer no item, mas sua mão fantasmagórica apenas o transpassou.

— Você sabe que eu não te matei e que a culpada por isso tá aí livre e reinando no Olimpo. — Dando por encerrada aquela parte, ele pegou a pá cheia de poeira e, com o espanador, foi até outro espólio.

Os dois continuaram naquele estilo de diálogo manhã adentro, com Dario culpando Dino por sua morte a todo instante e o fazendo duvidar de tudo o que tinha conquistado e era. O centurião, por sua vez, respondia pouco às provocações, embora por dentro estivesse mesmo abalado. Era como se estivesse preso em um loop de tortura mental: vivia aquilo quase todos os dias e, mesmo ciente disso, não conseguia se livrar do encosto ou resistir às suas perturbações. No fundo desejava poder dormir e acordar sem aquilo, não obstante, sabia que era uma batalha que teria de travar até o fim; ainda que este fosse indefinido.

Próximo ao horário do almoço, Dino escutou alguém chamar por ele na entrada do dormitório. Curioso, já que os outros campistas estavam fora de folga ou em outras atividades, foi até lá para ver quem era. Para sua surpresa, era Todd Kuehnemund, o filho de Perséfone que namorava, o aguardando com uma expressão de pouca felicidade.

— O que você tá fazendo? A gente marcou de almoçar junto em Nova Roma pra ir ver o apartamento depois! — Todd falou, em tom impaciente.

— Amor — grunhiu, engolindo em seco por perceber a bola fora que tinha dado. — Eu... — Não conseguia mentir nem se quisesse; principalmente para o namorado. — Perdi a hora limpando os espólios. Me desculpa — falou, não querendo usar o encosto como desculpa.

— Boa, finalmente ele vai perceber o quão merda você é e vai te largar — Dario comentou.

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Mensagem por Convidado Ter Mar 31, 2020 9:15 pm

Embora eu tivesse vindo para os Estados Unidos aos oito anos e que na minha identidade a minha nacionalidade contasse como barbadiano, eu era um inglês de alma. A parte da minha infância que formou minha personalidade, dois dois aos oito anos, foi inteira no Reino Unido, com a cultura londrina, seu clima cujo tempo é sempre nublado, ônibus de dois andares, peixe e fritas pro jantar e notícias aleatórias sobre a família real. Claro, tudo isso misturado com pitadas de tortura física e psicológica, abuso emocional e maus tratos que me renderam a fortuna que até hoje rende horrores no banco americano e eu até então nunca havia usado para absolutamente nada. Confiei a administração do dinheiro ao meu tio Howard, que no início eu sinceramente pensei que fosse pegar tudo para ele, mas na verdade ele cuida bem e sempre me mostra extratos cheios de números e me diz que movimentações precisou fazer. Ocasionalmente ele ainda depositava valores relativamente altos como US$50.000 ou algo assim, porque acreditava que eu fosse precisar daquilo no meu futuro.

Sempre achei que não fosse, na verdade. A fortuna correspondente a 20% dos ganhos da minha mãe mortal me foi passada aos dezesseis anos e me lembro de ter ficado muito excitado com tudo que eu faria com ela, mas passando a maior parte da vida no acampamento grego, onde absolutamente nada era comprado com dinheiro mortal, percebi que eu era provavelmente o milionário mais inútil dos Estados Unidos. Mas também não posso dizer que me falta dinheiro divino, porque eu ganhei muitas recompensas ao longo da minha vida, por missões cumpridas aos deuses e também pelos meus treinamentos especiais enquanto líder de chalé. O câmbio entre dracmas e denários era fácil de ser feito, por isso eu e Dino decidimos que deveríamos dividir os gastos e comprar nossa própria casa em Nova Roma. No início pensei que fosse um pedido de casamento e fiquei nervoso com a ideia, mas Dino logo me acalmou dizendo que era apenas uma questão de segurança e estabilidade, o que com certeza eu concordava.

Por isso marcamos uma segunda-feira para almoçarmos juntos em Nova Roma e depois irmos escolher qual seria o nosso novo lar e onde no futuro construiríamos nossa família. Como dito anteriormente, eu sou um inglês de alma, então atrasos me deixam realmente puto. Dino não era de se atrasar, embora às vezes fosse um pouco distraído, mas naquele dia, eu fiquei o esperando no nosso restaurante favorito por cinco minutos, depois quinze e finalmente meia hora. A garçonete já tinha vindo me advertir que se eu não fosse pedir nada, deveria desocupar a mesa. Pensei sinceramente em pedir meu prato predileto e almoçar sozinho, mas a raiva que eu estava sentindo me fez perder a fome. Na verdade, meu sentimento era um misto de raiva pelo atraso, mas preocupação porque aquilo não era do feitio do meu namorado.

Voltando ao Acampamento Júpiter, fui procurá-lo no primeiro lugar que achei que estaria: nos dormitórios da I Coorte. Fiquei aliviado em vê-lo vivo e bem ali, portanto o único sentimento que me sobrou foi a decepção pela falta dele, que foi justificada com um "perdi a hora limpando os espólios".

Perdi a hora limpando os espólios — eu repeti, mas fazendo uma voz irritante para denotar o quão idiota havia sido aquela justificativa — algum desses espólios entende de apartamentos, Dino? — perguntei, com ironia, entrando no dormitório ainda que sem o convite dele. — Passei a maior vergonha no restaurante agora, eu deveria ter almoçado sozinho, se soubesse! — exclamei.

Depois de desabafar minha revolta, olhei no entorno do dormitório. Ele havia de fato feito um bom trabalho e eu gostava de ambientes limpos, então aquilo me acalmou um pouco. Logo a raiva foi passando, dando lugar a um sentimento de culpa quando lembrei que ele estava o tempo todo sendo sugado pela alma do próprio irmão, o que poderia ser uma melhor justificativa para sua completa distração e esquecimento.

— Dario está aí com você? Ele que te distraiu? — perguntei, agora mais calmo, mas de braços cruzados, fechado a afeto, por enquanto.
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Mensagem por Dino Sílvia Ter Mar 31, 2020 10:21 pm

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O coração de Dino quebrou um pouquinho ao ouvir o relato de Todd, sentindo a culpa o corroer por dentro. Já estava psicologicamente abalado da sessão de tortura que rolou pela manhã inteira, então, quando escutou que tinha deixado o namorado plantado no restaurante por mó tempão, não resistiu. As lágrimas começaram a vir e, em questão de segundos, o romano já estava chorando no ombro esquerdo do filho de Perséfone. Um choro silencioso e não muito molhado, mas real e intenso.

— E vamos de Dino chorando por qualquer coisa de novo — desdenhou Dario. — Você devia era tá beijando os pés dele, que te atura não sei como.

— Sim, ele tá aqui — confidenciou, sem coragem de encarar o meio-sangue.

Por puro orgulho, Sílvia não queria usar o fantasma como desculpa para o próprio erro. Até porque, em sua concepção, todos os semideuses enfrentavam seus próprios encostos diariamente e isso não os impedia de exercer suas funções — principalmente naquele caso, o qual se tratava de um encontro com o amor de sua vida. Assim sendo, Todd não tinha culpa se ele era incapaz de lidar com uma mera assombração de maneira adulta e firme.

— Não é uma desculpa, ele estar no meu pé ou não não me isenta do meu erro. — Fungou o nariz, dessa vez por conta do choro, ao se afastar de Kuehnemund. — Eu tô todo sujo de poeira e agora te sujei também. Inferno. — Jogou o espanador longe, já com o humor alterado novamente.

— E lá se foi o legionário exemplar. Por Lupa, queria saber o que todo mundo vê em você, Dino. — O fantasma flutuou ao redor dos dois, acompanhando-os na cena.

Assim que Todd perguntou o que Dario estava falando, o centurião desviou o olhar. Detestava falar aquilo em voz alta, por achar que estaria dando poder ao morto. Todavia, entendia que era preciso superar isso e pensar o contrário era justamente o caminho certo a se seguir.

— Ele tá evidenciando, pra variar, como não presto pra nada e que não sabe como você continua comigo — comentou.

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Mensagem por Convidado Ter Mar 31, 2020 11:42 pm

Quando Dino começou a chorar e encostou no meu ombro para pedir desculpas, imediatamente me senti mal pela minha revolta. Eu não estava exatamente errado e o romano também não fazia aquilo para eu me sentir mal, na verdade ele chorava por qualquer coisa, era um traço muito fofo nele, mas por mais acostumado que eu estivesse, cada vez que via uma lágrima cair dos olhos dele eu sentia como se a dor também fosse minha. Por um momento acariciei a nuca dele, enquanto ele debulhava-se em suas mágoas.

— Amor, fique calmo. Vamos só mudar os nossos planos para agora, ainda temos uma hora marcada para ir ver os apartamentos do Complexo Ichor. — afirma, tentando apaziguar os ânimos do namorado — ficamos por aqui, tomamos um banho e depois almoçamos em uma lanchonete mesmo. Estou doido por um croissant, tudo bem?

Depois que Dino se acalmou, olhei para ver se ele realmente tinha me sujado ou se era apenas drama. Bom, de fato ele marcou um pouco as minhas roupas, mas a culpa foi minha que vim com uma camisa branca achando que ia arrasar pagando de rico pra população de Nova Roma. Deixei aquilo de lado, porque esse tipo de vaidade não era exatamente típica da minha personalidade, eu me preocupava em primeiro lugar com os sentimentos daquele que um dia seria meu marido e pai dos nossos filhos.

— O que Dario anda falando? Você não está dando ouvidos, não é? — perguntei, apenas para confirmar.

Recebi como resposta exatamente o que eu esperava: o encosto continuava a tentar fazer Dino sentir-se um lixo e era  minha obrigação como namorado exaltar todos os pontos positivos do centurião, aqueles que faziam com que meu amor por ele fosse forte e eterno. Ultimamente isso vinha se fazendo necessário, porque o romano realmente abalava-se com as pesadas críticas que o irmão fazia, embora ele não tivesse me dito em detalhes como elas eram exatamente.

— Pois diga a Dario que eu quero que ele se foda, que se foda o que ele acha de você e que se foda muito mais o que ele acha de nós dois. Sei que é seu irmão, mas eu não vou admitir que o homem mais lindo, mais forte e mais corajoso que eu conheço seja diminuído por um espectro morto. — afirmei, com seriedade, pegando na mão de Dino para segurá-lo perto de mim. — a única coisa que importa agora é que estamos prestes a dar um grande passo no nosso relacionamento. Vamos ter nosso próprio lar... isso não te deixa ansioso? Eu acho que vou infartar antes. — completei, tentando mudar para um assunto melhor.
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Mensagem por Dino Sílvia Qua Abr 01, 2020 12:45 am

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Dino abriu um sorriso largo ao ouvir o discurso de Todd. A mera presença do semideus já o acalmava e, tendo o apoio deste, não havia nada em qualquer mundo que não pudesse enfrentar — mais ainda se o prêmio fosse poder ficar com ele. Logo, o legionário se virou para o fantasma de Dario e o encarou de maneira decidida e firme; contrariando a postura passiva e indefesa com a qual tinha lidado com o morto até então.

— Você ouviu ele, estamos prestes a dar um passo importante no nosso relacionamento, então vê se cala a boca e não atrapalha o seu cunhado falando sobre os planos — disse ao irmão, com os olhos semicerrados.

— Ele é tão doido quanto você. Não se toca de que tá indo morar com um assassino! — O encosto continuou perturbando, porém, sua voz e presença já não incomodavam como antes.

— Na verdade, como eu tinha esquecido, não tava nervoso. Mas agora que você lembrou — tremeu o próprio corpo — nossa! Vai ser o nosso cantinho! — Deu um soco no ar, por não controlar a animação.

Bem mais leve e calmo, Dino notou que grande parte do sentimento de culpa que sentia era gerada por ele mesmo. De fato era muito bom ter o apoio de outro alguém — principalmente de alguém que o amava —, contudo, precisava adquirir independência emocional ou jamais superaria aquela assombração. Fora que, se a tivesse, poderia ser mais completo e até mesmo melhor para Todd enquanto seu parceiro. Refletir sobre isso o deixou em transe por alguns segundos.

— A gente não pode tomar banho junto aqui, é contra as regras do acampamento. — Tirou a camisa na frente do semideus, provocando-o por saber que não podiam mesmo ir além daquilo. — Eu tomo um banho rápido, me troco e a gente vai ver o apartamento pra não perder a hora marcada. Depois comemos um lanchão com direito a tudo o que você quiser. — Piscou para o namorado, sendo mais engraçado do que sexy.

— Tomara que eles peçam histórico de vida nesse lugar, duvido que vão fazer contrato com um assassino feito tu — Dario falou, mas foi atingido pela camisa do irmão e desapareceu momentaneamente.

— Foi isso que você quis dizer, não foi? — Abriu um sorriso abestalhado, por saber que tinha meio que repetido a proposta de Kuehnemund.

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Mensagem por Convidado Qua Abr 01, 2020 3:49 pm

Dino era centurião e eu líder do meu chalé, embora a história e a cultura fossem muito diferentes, nossos cargos eram de certa forma equiparáveis, porque se a ninguém é permitido quebrar as regras, a nós era ainda menos. Isso nunca foi um problema para mim, porque não é necessário ser amigo íntimo de mim para saber o quanto eu odeio trapaças, traições e mentiras, isso inclui quebrar as regras. Eu procuro sempre me questionar se elas são realmente justas, mas independentemente do veredicto eu as seguia e fazia o que poderia para que ela deixasse de existir... espere, isso faz sentido? Bom, é como eu penso e ajo, então deve fazer. Tendo isso em vista, minha proposta não tinha a ver com atividades sexuais nos banheiros do Acampamento Júpiter.

— Engraçadinho. Acha mesmo que se eu quisesse tomar banho com você não teria tentado nesse nosso quase um ano juntos? — perguntei, mas é óbvio que aproveitei para apreciar aquela visão que eu não me cansava, Dino era tão gostoso que era impossível eu não me excitar nem que fosse só um pouquinho com o mero fato de ele exibir o peito nu pra mim. — mas estou com fome, se eu não comer algo logo eu vou desmaiar... ah não, já desmaiei.

Então me joguei nos braços de Dino, agarrando-me ao seu tronco sem camisa, adorando o corpo dele, ainda que suado e sujo de poeira (sempre gostei do estereótipo de "homem cansado depois de trabalhar"). Dei vários beijinhos em seu peitoral, aproveitando enquanto ainda estávamos sozinhos no dormitório. Continuei agarrado a ele por alguns instantes, abraçado, em um gesto puramente romântico, apesar da leve tensão sexual que as nossas posições poderiam causar, mesmo porque uma leve tensão sexual é praticamente o estado constante do nosso namoro, pelo menos pra mim.

— Foi isso que eu quis dizer sim. Depois disso vamos ver o apartamento. Tenho certeza que vai ser o melhor lugar pra nós dois... — falei, hesitando um pouco em complementar, porque ainda era uma ideia que parecia distante — ...e nossa família, no futuro.
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Mensagem por Dino Sílvia Qua Abr 01, 2020 7:29 pm

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Nada surpreso com aquele tipo de reação por parte de seu amado, Dino agarrou Todd e deixou que este brincasse com seu corpo como pretendia. Nervoso pelo toque e beijos do namorado, o filho de Jano o ergueu no colo e colocou sentado em uma das beliches inferiores do dormitório. Dali mesmo deu um beijinho em sua testa, tentando conter a vontade que tinha de o esmagar contra a cama e acabar com ele ali mesmo — obviamente em outro sentido que não o literal.

— Nossa família. — O rosto de Dino corou conforme ele repetiu o que Todd havia dito.

Tendo tomado um banho e colocado um uniforme novo e limpo, o centurião apareceu novamente para levar o grego até a cidade de Nova Roma. Durante o caminho, os dois conversaram sobre muita coisa a respeito da compra. Sílvia ainda batia na tecla sobre achar que uma casa seria melhor, porém Kuehnemund argumentava que não havia necessidade para tal. E, como o filho de Perséfone conseguia ser bastante persuasivo quando queria, no fim o de romano acabou se atendo à ideia inicial.

Ainda na Via Praetoria, Dario apareceu novamente e se juntou à caminhada. O fantasma voltou a atazanar a vida do irmão, todavia, este teve uma ideia geniosa e que funcionava como um mecanismo de contra-ataque: tudo o que o morto dizia, ele repetia em voz alta para Todd responder. Assim, quando a assombração questionou seu cargo, o lembrou do afogamento e ainda disse que os dois jamais conseguiriam construir uma família pela maldição de Juno, foi o grego quem respondeu; e suas respostas bastaram para sumir com a aparição novamente.

(...)

Assim que chegou em uma das lanchonetes de Nova Roma, o casal foi direto pedir comida. Como poucos campistas comiam porcaria nos horários próximos ao almoço, não tiveram de enfrentar fila ou coisa do tipo. Pelo contrário. O espaço interno do estabelecimento estava razoavelmente vazio, de maneria aos dois terem privacidade para conversar sobre qualquer coisa.

— O Complexo Ichor é muito bom, mas — deu uma mordida no cheeseburguer que tinha pedido, sujando os cantos da bocha de ketchup — todo mundo diz que é lugar de rico. Nunca imaginei que um dia moraria lá.

E de fato aquela suposição parecia algo impossível para Dino quando criança. Por ter nascido e sido criado em Nova Roma como um órfão, a ele os únicos lugares que pôde frequentar eram os de baixa renda. Sua infância só não foi mais pobre ainda pelo sistema semideus ter o protegido e provido tudo o que precisava. Ter sido educado assim fez o homem dar valor a tudo e não desejar nada que fosse além de seu alcance ou não útil. Logo, se sentiu traindo sua própria história por estar se mudando para lá.

— Quando eu era criança vivia brigando com os meninos de lá, chamando eles de filhinhos de mamãe — comentou, dando uma golada na coca-cola que tinha comprado. — É estranho, sei lá. Acho que o Dario implicaria.

— Com certeza, traidor — o fantasma disse, surgindo do nada outra vez. — Pelo menos isso você reconhece.

— Viu, ele já começou outra vez. — Deu de ombros, terminando de engolir o hambúrguer na terceira e última mordida; o que fez Todd reclamar com ele para mastigar direito.

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Mensagem por Convidado Qua Abr 01, 2020 10:39 pm

Dario não era exatamente um rei da retórica e o fato de ser Dino a fazer tradução simultânea do fantasmês pro inglês tornava tudo ainda mais fácil. Eu sabia que em algum momento aquela alma penada iria embora de volta para o submundo de onde não deveria ter saído, mas eu também ficava muito triste por Dino. Não porque o espírito enchia o saco dele, porque bastou meia hora de argumentação com muito sarcasmo e uma pitada de deboche que ele sumiu, mas sim porque querendo ou não aquele era o irmão dele e o romano o amava muito. Saber que eles em vez de conversarem e acertarem as contas preferiam entrar em uma sessão de tortura psicológica era o que realmente fazia eu sentir pena de Dino, afinal, era sua única família na terra.

Quando chegamos à lanchonete, fiz questão de pedir lanches do tamanho da minha fome: dois hamburgueres, um x-salada e um x-bacon acompanhados de uma garrafa média de Coca-Cola. Era o que eu costumava chamar de "Combo Infarto", mas eu andava fazendo tantos exercícios em treinamentos e batalhas que logo o carboidrato e a gordura estariam fora do meu sangue. Nos sentamos em uma mesa ao fundo do restaurante, relativamente vazio, dispondo nossos pratos ali e ocupei minha boca apenas em devorar a comida, mas os ouvidos escutando Dino falar tudo sobre o Complexo Ichor.

— Bom, você sabe um pouco da minha história. Nasci em Barbados, uma das ilhas mais caras do Caribe, depois fui pra Londres, onde morava no Chelsea em um casarão gigantesco atrás do Rio Tâmisa. Aí aconteceu tudo o que aconteceu e fui levado pra morar em Midtown Manhattan, em um  apartamento de onde eu consigo ver o Empire State e a Times Square da sacada. — eu disse, e aquilo soou um pouco convencido, mas não era a intenção, no entanto ainda complementei —...e depois, meus pais adotivos atualmente moram no Upper East Side. Eu nunca me exibi por isso, mas eu acho que não saberia viver uma vida sem... bem, dinheiro.

Acho que aquela foi a primeira vez que eu e Dino colocamos as cartas na mesa e embatemos o quanto nossos passados eram diferentes. Se tivéssemos nos conhecido em uma ocasião diferente, eu provavelmente seria chamado de "filhinho de mamãe" pelo semideus, o que provavelmente me daria gatilho. Talvez "sobrinho do titio" fosse mais adequado para mim. O fato é que eu não culpava o romano por pensar daquela forma, porque com exceção do tempo que precisei passar no Acampamento Meio-Sangue sem sair de lá, eu convivi com essa gente a vida toda e com certeza a maioria deles merece ser guilhotinada.

— Meu Deus, Dino. Saboreia o alimento, você só engole, ainda temos pelo menos meia hora. — alertei, pegando o meu x-bacon e dando uma mordida nele, puxando um fio de queijo do lanche até minha boca que lambi fingindo ser sensual. —é um mix de delícias, colesterol e doenças cardíacas.

Quando finalizamos o lanche, deixamos a lanchonete e nosso pagamento. De mãos dadas com Dino, fomos caminhando dali até o complexo Ichor, que não era muito longe. O prédio que escolhemos tinha vinte andares e eu com certeza iria querer morar em um dos últimos, mas talvez não na cobertura, porque eu não tenho boas lembranças de infância na época em que meus tios se mudaram para uma cobertura no Upper West Side. Antes de entrarmos, olhei para cima, para encarar o topo do prédio que parecia não ter fim.

— Pronto pra conhecer a sua casa nova? — perguntei, com um sorriso animado.
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Mensagem por Dino Sílvia Qui Abr 02, 2020 1:59 am

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Enquanto Todd comentava sobre sua infância, Dino tentava segurar um riso espontâneo imaginando como o namorado era quando criança. O romano vivia se confundindo a respeito da nacionalidade do grego e, não fosse o sotaque deste, vez ou outra esqueceria a parte referente a Londres. Suas histórias de vida eram realmente diferentes e, dali, pareciam tão distantes e impossíveis de se cruzar. No entanto, lá estava os dois, se empanturrando de porcaria enquanto se preparavam para comprar um canto só deles.

Caminhar de mãos dadas com Kuehnemund por Nova Roma era uma sensação mista para Sílvia. Parte dele estava derretendo internamente de amores, porque qualquer gesto afetuoso do casal o deixava assim. Enquanto que outra parte estava na defensiva, esperando por olhares de conhecidos que gostavam de tirar sarro da cena. Não que fosse algo errado ou proibido, mas pessoas com cargos em acampamentos eram sempre zoadas pelo restante. Isso não o incomodava, contudo vez ou outra tinha vontade de dar uma moca na cabeça de um.

Uma ironia era o fato de Ivy, a outra centurião da I Coorte, também o zoar pelo namoro.

Seja como for, assim que os dois adentraram o Complexo Ichor, o legado de Belona travou os dentes. Ele realmente não entrava ali há anos e a primeira coisa que sentiu foi nostalgia. Se estivesse em um filme, seria possível visualizar sua infância brigando com os garotos daquele lugar ao lado de Dario, quando os dois gêmeos viviam juntos e em harmonia. Um suspiro foi solto pelo legionário, afetado por todo o peso emocional do episódio que estava vivendo: o avanço do relacionamento, os problemas pessoais, a volta de Dario...

— Pronto — Dino respondeu, adentrando o prédio de vinte andares acompanhado.

Sem ninguém na portaria, os moradores que transitavam por ali estranharam o casal desconhecido, mas nada comentaram. Todd havia marcado um encontro no apartamento do 15º andar com a corretora, assim, quando o elevador os deixou lá, foram recepcionados por ela. A mulher se apresentou como Gleicy e disse ser filha de Jano, o que rendeu uma breve conversa amigável entre ela e Dino.

— E então, o que os pombinhos têm em mente? Decidi mostrar esse apartamento pra vocês porque ele é simplesmente o tudo! — Gleicy comentou, conforme os acompanhou até o imóvel.

Não havia corredores, posto que todos os andares possuíam apenas um apartamento, mas havia um pequeno hall entre o elevador e a porta de entrada. Lá dentro, um pequeno corredor com entrada na esquerda para a área de serviço os separou de uma sala imensa com vista para o acampamento ao longe. Sem mobília alguma, o local parecia perfeito e cheio de outras entradas e cômodos. A parede de frente para o AJ era na verdade aqueles vidros de correr, o que permitia uma ampla visão.

— Lindo, não é? Ele é bem espaçoso e tem quatro quartos, com uma suíte, dois banheiros, uma cozinha e outros espaços que nem eu sei para que usam! — A mulher se adiantou, carregando a prancheta que tinha em mãos. Ela parecia uma loira genérica vestida como aeromoça sem o chapeuzinho na cabeça.

— Parece bom — Dino comentou, balançando a cabeça de maneira positiva.

— Só tem uma coisinha! O encanamento de um dos banheiros tá quebrado. Mas isso garante dez porcento de desconto na compra à vista! Só que um dos quartos está cheio de mofo, porque o antigo dono tinha problemas com limpeza... Porém, só pra vocês dois lindos, eu consigo um daqueles filhos de — ela engoliu em seco — Atena para vir dar uma olhada no teto da suíte que tá infiltrado!

O centurião encarou Todd, sem saber o que dizer.

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